Pedagogia e Tecnologia

Blog da disciplina Novas Tecnologias e Educação, do Curso de Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

11.11.06

TECNOLOGIA AO ALCANCE DE TODOS

EDUCADORAS
Eis a nova face dos nossos futuros alunos.


Vejam a reportagem em:
http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0195/aberto/mt_161219.shtml

O computador ainda imita o papel


"O computador
ainda imita o papel"

"É incrível que todos na web sejam forçados a seguir os padrões criados por dois garotos"

É provável que a internet tivesse outra fisionomia e os computadores fossem usados de maneira bem diferente do que hoje se as idéias do filósofo americano Ted Nelson tivessem prevalecido. Ainda na década de 1960, ele cunhou o termo "hipertexto" e imaginou uma rede de computadores na qual se pudesse criar textos multidimensionais, em que trechos de obras diferentes remetessem uns aos outros mutuamente – até que fosse possível chegar à origem de qualquer citação e, numa outra etapa, de alguma maneira, recompensar seu autor pela contribuição intelectual. Como mecanismo, o sistema é mais ou menos o que ocorre atualmente com os hiperlinks, um dos conceitos fundamentais da web – a possibilidade de inserir em uma página da internet uma remissão para outra página, disponível com um simples clique do mouse. Nelson afirma, porém, que sua idéia foi deturpada. Copiam-se textos na internet indiscriminadamente, a maior parte do tempo sem citar a fonte. Além disso, para ele, os computadores funcionam como uma simples "imitação dos registros em papel". Exemplos disso seriam os formatos dos documentos nos programas Microsoft Word e Adobe Acrobat, dois dos mais usados na manipulação de textos e imagens. Hoje professor convidado da Universidade Oxford, na Inglaterra, Nelson, de 68 anos, trabalha em um projeto para pôr em prática suas idéias, resumidas no site http://www.transliterature.org/. Ele deu a seguinte entrevista a VEJA durante uma visita ao Brasil para participar de um festival internacional de linguagem eletrônica.
Veja – O senhor comparou a maneira como armazenamos documentos nos computadores modernos a uma "imitação do papel". Por quê?
Nelson – Muita gente pensa que os computadores são usados de um modo moderno. Mas não são. As pessoas estão aferradas a tradições e não têm consciência disso. O papel foi inventado há 2 000 anos e, com ele, uma série de tradições. Os dois mais importantes programas de texto, o Word e o Acrobat, são estúpidos, porque não são nada mais que simulação de papel. O clipboard (prancheta) e o desktop dos computadores atuais não passam de tradição, são a simulação do papel no computador. É o que tem sido feito desde os anos 1960 e 1970. A pergunta que eu faço é: o que poderíamos fazer livres dessas tradições? Venho trabalhando nisso há 45 anos. Sinto-me um pouco como Frodo na Terra de Mordor, em O Senhor dos Anéis. Só que o problema aqui não são os monstros, e sim o modo como as pessoas pensam. Não reconhecemos possibilidades diferentes nas máquinas. Todos reclamam de como os softwares são difíceis de ser utilizados, mas pensam que o modo como os computadores são usados está basicamente correto.
Veja – Como seu trabalho inspirou a World Wide Web?
Nelson – Eu fiz um projeto na Universidade Brown, com o professor Andy van Dam, chamado Sistema de Edição de Hipertexto. Havia uma página na tela e textos escondidos sob outro texto. Clicando no link, seguia-se para outra página e, clicando de novo, podia-se voltar para a anterior ou avançar na pesquisa. Para mim, essa é a essência da World Wide Web, a interconexão entre as informações. O resto é simulação do papel. Utilizar um programa de computador como um simulador de papel é como cortar as asas de um avião e usá-lo como um ônibus. Você perde todo o seu poder.
Veja – Como foi seu encontro com Tim Berners-Lee, o "pai" da World Wide Web, na pré-história da rede mundial de computadores?
Nelson – Foi só um encontro. Ele me mostrou o que chamou de World Wide Web. Naquele tempo não havia gráficos, figuras nem navegadores. Talvez o grande sucesso da World Wide Web se deva aos navegadores, e não a Tim Berners-Lee. Não quero dizer que ele seja um estúpido. É uma pessoa agradável, boa companhia para um almoço. Mas os responsáveis pelo crescimento da web foram principalmente dois sujeitos da Universidade de Illinois, do Centro Nacional para Aplicações em Supercomputadores (Marc Andreessen e Eric Bina, idealizadores do pioneiro navegador Mosaic). Essa geração permitiu a criação de tudo que as pessoas hoje associam com a web: as imagens com um formato específico de arquivo, o JPEG, o sistema Java, janelas atualizáveis, tabelas e acho que também os microprogramas que se instalam no computador do usuário para permitir a navegação rápida e a decodificação de informações, os cookies.
Veja – Então, essas foram contribuições positivas?
Nelson – Foram, mas padronizaram o sistema. É incrível que todo mundo seja forçado a seguir os padrões da web que dois garotos criaram. E Tim Berners-Lee é o cabeça disso. Mesmo que ele não tenha criado o navegador, ele é o responsável. Lutar contra a padronização dos navegadores é, essencialmente, lutar contra a Microsoft. Páginas feitas com um programa da Microsoft não podem ser vistas por usuários de outros sistemas. Assim, gradualmente, a Microsoft vai ganhando controle. A mesma coisa ocorreu com os sistemas operacionais. Antes, existiam vários tipos. Agora eles são todos iguais ao Windows, com janelas de maximizar e minimizar. Aliás, é incrível que haja verdadeira devoção pelos Macs, que são exatamente a mesma coisa que o Windows.
Veja – O senhor criou um software livre, chamado Transquoter. O que ele faz?
Nelson – É um sistema que permite mostrar o contexto original das citações. Esse é o benefício que perdemos nos computadores atuais. É um software muito simples, que torna possível criar documentos e buscar suas citações e significado em qualquer lugar da web. Ele exibe o contexto original do que está na internet. É um método que poderia defender os direitos autorais.
Veja – Quais são suas outras idéias para a internet?
Nelson – Minhas idéias nunca foram específicas para a internet, que é apenas um nome para um sistema específico de comunicação. O que me preocupa não é isso, e sim a estrutura de documentos e softwares. Minha missão é trabalhar com documentos. Meu grande projeto é uma espécie de ziguezague. Ele deixa as pessoas inicialmente confusas, por ser estranho e diferente, mas, para mim, é extremamente simples, não é convencional. Funciona assim: a maioria dos bancos de dados de empresas e do governo é organizada em tabelas, formadas por retângulos com nome e endereço. Tomando o exemplo de um planilha com uma árvore genealógica, pode-se navegar em qualquer dimensão – casamentos, filhos ou ligações remotas, pelas ramificações da árvore. Em um documento PDF, que é a maneira convencional de fazer árvores genealógicas, não existe essa possibilidade. É preciso seguir cada ramo individualmente. Concordo que meu sistema é difícil de explicar, mas também é bem fácil de usar.
Veja – Por que suas idéias foram chamadas de fantasiosas pela revista americana Wired?
Nelson – O que quer dizer fantasia? Minha imaginação produz idéias. Elas são possíveis? São, sim. Aquilo foi um ataque pessoal de gente que se fingia minha amiga. O jornalista foi muito malicioso.
Veja – Os usuários de computadores estão preparados para mudanças bruscas como esta, que pressupõem lidar com informações em todos os seus contextos?
Nelson – Ninguém está preparado para nada, para o que não conhece. É o exercício da utilização que desenvolve a capacidade de aproveitar um sistema novo.
Revista Veja - Edição especial: Natal Digital, nº 52 - Novembro de 2005

Escola e Informática

Escola e Informática
Vanja Ferreira
O mundo contemporâneo, globalizado e informatizado, exige que a escola reflita imediatamente seus currículos e reenfoque seus objetivos; que se prepare para a era tecnológica e para educar para o novo milênio.Computadores se fazem presentes a todo o momento no nosso cotidiano, no trabalho, na comunicação, no lazer, na pesquisa, enfim, são ferramentas primordiais da contemporaneidade e no processo de ensino-aprendizagem das novas gerações.Como pode a escola ficar à deriva desta nova era? É preciso incorporar estes recursos tecnológicos também no cotidiano escolar. No entanto, não basta apenas adquirir máquinas e continuar com a tradição das aulas acadêmicas, descontextualizadas, que recorrem ao computador apenas para tornar uma pesquisa mais fácil, na qual o “imprimir” é o serviço mais solicitado.É preciso que a escola construa um novo perfil no seu “sistema” de ensino e revalide o seu papel; que seja a “Windows” por onde continuemos a vislumbrar a educação, a informação e o conhecimento e que seu “software” seja sempre renovado, a fim de se tornar mais motivadora e interessante.O uso de computadores na escola precisa ser mais eficaz, no sentido de fazer as coisas certas; e para que isso aconteça, há necessidade de um contínuo crescimento dos profissionais envolvidos na educação. Esta é a tarefa mais árdua: promover mudanças significativas e abandonar a “enganação” e “a mesmice informatizada”.Se a escola não sabe fazer, tem que buscar parceria, que possa dar assessoria completa, tanto na parte pedagógica quanto na parte de capacitação de profissionais. Isso é partilhar, delegar e acreditar que se pode, através de ações coletivas, obter a essência da eficácia como resposta.A informática na escola, utilizada com eficácia, auxilia no processo de alfabetização, possibilita a flexibilidade e a personalização dos conteúdos adaptados à escola e à região; possibilita uma forma de estudar mais dinâmica com animações, links, leituras complementares, hipertextos, zoom de imagens, sala de reforço, plantões de dúvidas; permite aos professores trabalharem em um mesmo tema com enfoque em sua matéria; acessar e utilizar bancos de dados e informações; através de simulações facilita e estimula o entendimento, além de permitir a interação total dos alunos com o mundo, reforçando o aprendizado e promovendo o letramento.Temos que aprender a lidar com desafios. O Prof. Gretz (Revista Profissão Mestre – dez/2004, p.20) diz que os desafios para os professores são semelhantes em todas as épocas, “o que muda é apenas uma roupagem diferente, um cenário com a conjuntura própria de cada tempo”. Concordo. Porém, não podemos fechar os olhos às mudanças, às roupagens e cenários novos e ficar estáveis e impávidos, achando que está tudo bom ou que essa onda vai passar, que é só uma questão de tempo...Temos, sim, é que encontrar meios e recursos para acompanhar esta conjuntura própria de cada tempo; que qualifiquem a escola, independente da época. Temos que proporcionar aos alunos um bom desempenho profissional, pessoal e na vida, lembrando sempre da enorme responsabilidade que a escola tem de ensinar, formar, informar e educar, em qualquer época, em qualquer conjuntura e em qualquer tempo.
Ao ler essa reportagem fiquei muito feliz porque o assunto é praticamente uma reprodução das aulas do professor Simão. Ela nos faz refletir sobre a nossa prática pedagógia e mais, o acesso à essa revista nos abre um leque de opções de váriados temas que com certeza ampliará nossos conhecimentos.

10.11.06

já não há mais lugar para o analfabeto digital

A reportagem Entre átomos e bits da revista Veja ( 18 de out. 2006) fala sobre a escola do futuro (Filadélfia/ Estados Unidos) onde os alunos não carregam livros ou cadernos. cada aluno possui um laptop onde podem, por exemplo, fazer anotações e gravar as aulas. Através de um programa instalado nesses computadores os professores podem monitorar a aprendizagem de cada aluno individualmente.
No Brasil, apenas as escolas particulares de alto nível possuem recursos tecnológicos avançados. Mas já há um projeto para que as escolas públicas dêm um laptop para cada aluno.
É importante lembrar que não basta colocar o aluno em frente a um computador, é preciso ensinar como utilizar esse equipamento, quais as vantagens de se ter um, como e quando utilizá-lo.
As escolas do Brasil, principalmente as públicas, precisam educar tecnologicamente seus alunos para que saibam utilizá-las dentro e fora da escola, pois hoje em dia tudo está ligado à tecnologia, já não há mais lugar para o analfabeto digital. Veja mais informações visitando o site: http://novaescola.abril.com.br/ed/110_mar98/html/repcapa4.htm

9.11.06

DIÁRIO DE APRENDIZAGEM NA REDE

Li uma reportagem na Revista Nova Escola, da edição de junho de 2004, apesar do tempo em que a mesma foi publicada acredito que seja relevante comentar sobre ela, pois a mesma apresenta um dos possíveis desafios que poderemos enfrentar nas escolas ou em qualquer outro espaço educativo em que estivermos atuando. Paola Gentile relata que uma escola do RJ estava enfrentando um impasse o montar o blog como recurso de aprendizagem. Os professores não sabiam o que fazer, sobre os trabalhos dos alunos publicados no blog: deveriam ou não corrigir a grafia dos textos publicados? Sobre isso vários professores se posicionaram; uns achavam que não deveriam corrigir, pois aquele era um espaço dos alunos e estes poderiam se expressar livremente. Já outros professores como a de Língua Portuguesa, defendia a idéia de que se o texto publicado era um trabalho escolar, exige uma formalidade e portanto deveria estar seguindo os padrões da norma culta. Diante desta situação a coordenadora do projeto fez a seguinte intervenção; os trabalhos publicados deveriam estar corretamente digitados, já os comentários informais poderiam ser publicados com as particularidades do texto cibernético.
Acretido que a escola se posicionou corretamente diante deste fato, pois ao utilizar o blog como um recurso de aprendizagem e negar a grafia dos alunos o mesmo a mesma estaria sendo incoerente com seus objetivos e ao mesmo tempo, perdendo uma grande oportunidade contribuir com o enriquecimento das habilidades de escrita dos alunos, uma vez que os mesmos estariam se aperfeiçoando para fazer uso da escrita na internet em demais situações encontrarem.
Para saber mais sobre este assunto consulte o site :http://revistaescola.abril.com.br/ed_anteriores/0173.shtml

EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PARA IDOSOS

Maturidade Digital - Esse é o tema em destaque tratado pelo caderno de informática do Jornal Estado de Minas do dia 09/11/2005, no qual trouxe uma série de reportagens muito interessantes sobre o despertar de pessoas idosas para o universo da tecnologia, que estão curiosas, com vontade de acompanhar a evolução do mundo e buscando maior independência. Esse tema é de extrema relevância pois corrobora, mais uma vez, o fato de que a informática se tornou já há anos companheira indispensável do homem, e como o educador precisa estar atento e envolvido nesse fato, pois antes de tudo a primeira finalidade de seu desempenho profissional é humano.

- Em uma primeira reportagem Silas Scalioni explica que conviver com tecnologias atuais é para os idosos descoberta de novas motivações de vida. Destaca que mais que uma necessidade imposta pelo mundo moderno, a computação nessa faixa etária pode ser vista como uma grande aliada na busca de melhor qualidade de vida. A psicanalista Marisa Decat de Moura ressalta que o despertar para as ações ligadas à tecnologia pode colaborar para o desenvolvimento psicossocial do idoso.
- Na segunda reportagem é ressaltado que criar relações com o mundo analógico ajuda alunos da terceira idade a entender melhor o virtual. O mesmo autor destaca curso de informática que desde o 2º semestre de 2005 a Universidade FUMEC oferta. O curso tem duração de 1 semestre e é divididos em 3 módulos que abrangem conhecimento de word,internet e power point. A coordenadora do Programa Informática Sênior, Eunice Maria Rocha de Morais explica que os idosos tem um pouco mais de dificuldade de lidar com o computador.
- Logo na terceira reportagem mostra que além do curso oferecido pela FUMEC o SENAC-MG também oferece curso para a terceira idade com duração de 60 horas, de informática básica com ensino de word, windows xp e Internet, sendo 80% de aulas práticas e 20% de teóricas. Segundo o coordenador do curso o objetivo maior dos idosos com o curso é aprender a navegar na Internet para terem acessos aos seus e-mails sem depender de outra pessoa. Ele ressalta que a maior dificuldade do professor é quebrar o gelo que separa o aluno do computador.
- E a última reportagem demostra uma outra maneira de efetuar a educação tecnológica para os idosos tem sido as aulas particulares. Esses professores particulares de informática ministram aulas para uma grande parcela de idosos, que segundo eles possuem muito interesses pelo digital. Cássia Murta, professora de computação diz que é preciso um ensino contextualizado, uma didática especial para lidar com pessoas idosas, com assuntos sendo abordados de maneira

Para informações sobre curso de informática para idosos acesse:

www.fumec.br

http://www.mg.senac.br

8.11.06

Educação e tecnologia

O texto apresentado no jornal Estado de Minas, sábado dia 14 de outubro de 2006, com título Educação e tecnologia, escrito por Maria Ilse Rodrigues Gonçalvez, Doutora em Ciências da educação pela Universidade Nacional de Educação a distância de Madri, descreve o conservadorismo da educação frente às mudanças ocorridas neste início de milênio.
As crianças crescem hoje experimentando tecnologias e se envolvendo com multimídias.
Percebe-se, assim, um novo perfil do educando, que aprende de outra forma diferente da tradicional.
Portanto, torna-se necessária uma preparação do profissional de educação para atender às novas exigências que demandam cooperação no processo de aprendizagem, onde todos aprendem. A autora propõe alguns questionamentos como:
" Em face do dinamismo do desenvolvimento, o sistema educacional pode permanecer à margem dos avanços da sociedade da informação? Pode o sistema de ensino manter-se estacionário, desconhecendo a oferta do ensino de qualidade questionável, alegando serem os alunos a causa do problema? Seriam eles a causa, ou é o ensino que não está correspondendo às necessidades emergentes de nossos jovens? " Saiba maissobre o assunto no endereço www.clacso.org/wwwclacso/espanol/html/libros/anped/TE13A.PDF

Pedagogia e Tecnologia

Pedagogia e Tecnologia

A informática nas turmas de educação infantil

A informática nas turmas de educação infantil
Ross Mary Vieira
Para cada nível de escolaridade faz-se necessário um planejamento que contemple as necessidades dos alunos. Sendo assim, as aulas que utilizem o computador nas turmas de 3ª série serão diferentes das aulas aplicadas à 7ª série. Não apenas no conteúdo, mas também nas estratégias que serão utilizadas para a aquisição do conhecimento.Essa diferença é ainda maior na educação infantil, uma vez que essas crianças ainda não dominam os códigos da leitura e da escrita e também não têm totalmente desenvolvidas as habilidades específicas para o uso do computador. Por isso torna-se primordial que esses alunos experimentem antes outros objetos de aprendizagem para só então sentarem na frente de um computador. Nessa fase nada substitui a experiência concreta com objetos, a exploração e observação do meio ambiente e do próprio corpo. Só há aprendizagem com a vivência de experiências reais e as interações delas decorrentes. O recurso da informática na educação infantil assume então como objetivo maior a fixação dos conteúdos programáticos, e o computador torna-se aliado de todas as outras atividades previamente desenvolvidas pelo professor. Um aliado poderoso, já que as crianças dessa faixa etária estão inseridas num mundo mágico cheio de anões, fadas e princesas, onde o som e a riqueza de cores e movimentos atraem e conquistam.

PORQUE UM NOVO OLHAR PARA O ALUNO.

'' O ensino nesta era, que identificamos ser a do homem virtual, deve ser visto por intermédio dessa realidade contextualizada e ir além dos intrumentos tradicionais.Deve explorar espaços de leitura com hipertextos, salas de discussão,pesquisas em sites da Internet ou TVs educativas,numa visão centrada na aquisição e na utilização da informação com base nas tecnologias de Informação e Comunicação(TICs).''PETITTO p.21.
PETITO,Sonia.Projetos de trabalho em Informatica:Desenvolvendo Copetências.

Esta citação mostra como o aluno mudou e os educadores precisam acompanhar o pensamento ágil e preciso desse homem do futuro.

7.11.06

AQUARELA




A letra da música de Toquinho e Vinícius de Morais, Aquarela, nós remete a internet, que de certa maneira “sem pedir licença muda nossa vida e depois convida a rir ou chorar”, neste ponto cabe um questionamento: queremos proporcionar alegrias ou tristezas aos nossos alunos (no meu caso futuros alunos)? Já respondendo creio que seja alegria, e que a internet é recheada de coisas ricas para mostrar a eles, é preciso buscar coisas legais, alegres e novas, para o crescimento dos alunos.

6.11.06

Passado e Presente numa realidade tecnológica


Ao estudar sobre as novas tecnologias na educação, bem como fazer uso delas enquanto se aprende, o que deve ficar claro para o professor é que ele não precisa se desfazer do "velho" para aprender e fazer uso do "novo", mas sim inserir no que já foi construído até aqui, as benesses da tecnologia. Esse assunto pode ser ricamente ilustrado com a afirmação de Paulo Freire (1996) em seu livro Pedagogia da autonomia, quando diz,
é próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, assim como o critério de recusa ao velho não é apenas cronológico, o velho que preserva sua validade ou que encarna uma tradição ou marca uma presença no tempo continua novo. (FREIRE, 1996, p. 35)
Isto posto porque parece que a sociedade, as instituições escolares, os professores, entre outros, precisam soltar-se das amarras da história, das construções científicas para fazer uso de computador, internet, câmera digital, MP3...
Temos que a educação é uma caminhada constante e para que hoje se possa falar em alfabetização tecnológica, muitos homens passaram pelos exercícios feitos em mimeógrafos, pelo quadro negro e giz de cal para serem alfabetizados.
O que vale a pena é fazer - através das tecnologias - o trânsito entre passado e presente.

Emília Ferreiro, a alfabetização e as novas tecnologias


"As primeiras tentativas já não vistas como rabiscos, mas uma espécie de escrita."
Emília Ferreiro

"Alfabetizar é cada vez mais uma tarefa difícil."

Como se alterou a alfabetização nos quase 30 anos desde que foi publicado seu livro Psicogênese da Língua Escrita?

Emilia Ferreiro: Uma mudança positiva é que já não se consideram as produções das crianças de 4 ou 5 anos como rabiscos, e sim como uma espécie de escrita. Também se reconhece a importância de ler em voz alta para elas desde muito cedo. Existem coisas que poderiam ter constituído avanço, mas foram muito mal compreendidas, como acreditar que os níveis de conceitualização da escrita pela criança mudam por si mesmos e que não é preciso ensinar.

As novas tecnologias trouxeram mudanças importantes?

Emilia Ferreiro: Sim, porque entram não somente na vida profissional mas também no cotidiano pessoal. Permitem ler e produzir textos e fazê-los circular de modo inédito. Hoje, ser alfabetizado é transitar com eficiência e sem temor numa intrincada trama de práticas sociais ligadas à escrita. Alfabetizar é cada vez mais um trabalho difícil. Em muitos casos, mudou opróprio modo de ler e escrever. O texto de e-mail, por exemplo, não tem regras definidas.

No Brasil, os adolescentes criaram todo um código para se comunicar pela internet.

Emilia Ferreiro: Isso acontece em toda parte. Pode ser um fenômeno passageiro, mas o certo é que os jovens estão fazendo com a escrita um jogo divertido. E para transgredir a escrita é preciso conhecê-la.

O uso de computador nas escolas tem sido adequado?

Emilia Ferreiro: É comum os professores não saberem muito bem o que fazer com ele. Por isso foi inventada a sala de informática, para usar num determinado horário. É uma maneira de não incluir o computador na atividade diária.

Muitas escolas têm computadores não conectados à internet. Costuma-se dizer que não servem para nada.

Emilia Ferreiro: Ao contrário, são muito úteis. A escola sempre trabalhou mal a revisão de texto e os alunos odiavam fazê-la porque num texto a mão é preciso voltar a escrever tudo. Com um processador de texto, a revisão se torna um jogo: experimenta-se suprimir ou deslocar trechos, com a possibilidade de desfazer tudo. Após as intervenções, temos na tela um texto limpo, pronto para ser impresso. A revisão é fundamental para que as crianças assumam a responsabilidade pela correção e clareza do que escrevem.
_______________________________________________________________
Colegas
Lí a postagem da Nádia, sobre Emília Ferreiro, conforme comentário que fiz.
Emília Ferreiro esteve em São Paulo, no dia 11 de outubro para o 1º Seminário Victor Civita de Educação (a Fundação Victor Civita é quem publica a Revista Nova Escola). Na revista Nova Escola nº 197, de novembro de 2006, saiu uma reportagem sobre o seminário e uma entrevista com a psicolingüista argentina.
A reportagem diz que "no fim da palestra, o público fez perguntas e várias delas versaram sobre a importância das novas tecnologias no processo de alfabetização".
Na reportagem, Emília Ferreiro fala sobre as mudanças que as novas tecnologias trouxeram para a educação.
Vejam a reportagem na íntegra em

O desafio é massificar


Em 1980, o cientista da computação Nicholas Negroponte (foto) criou o Media Laboratory, do MIT, para estudar a interação entre humanos e computadores. É ainda autor de uma distinção já clássica que dividiu as atividades econômicas entre átomos e bits. Hoje, dedica-se ao programa One Laptop per Child (Um Laptop por Criança). Quer difundir entre crianças de todo o planeta um computador portátil, que custa perto de 100 dólares, e transformá-lo num trampolim educacional.

Qual a importância do projeto Um Laptop por Criança?

Enquanto houver pobreza, não haverá paz. A única forma eficiente de combater a pobreza é pela educação. E a única maneira de prover educação é pela inclusão digital. O projeto nos ajuda a colocar a educação nas mãos da criança.

O que falta na transição do mundo dos átomos para o dos bits?

Acesso universal. Computadores e conectividade ainda são tratados como artigos de luxo, como carros. A supervia da informação deveria ser menos parecida com estradas com pedágio e mais semelhante a uma calçada, por onde todos possam circular. O acesso aos bits é um direito humano.

O que de melhor aconteceu para as pessoas com o advento da era digital?

Muitas coisas. Mas acho interessante que os usuários do mundo digital não são só usuários. Eles fazem coisas. Não apenas consomem, mas criam conteúdo. E isso é fantástico.


Colegas

Quando li esta entrevista na Revista Veja (Editora Abril, Edição 1978 - ano 39 - nº 41 de 18 de outubro de 2006) lembrei-me do que disse nosso Prof. Simão Pedro, em sua primeira aula, a respeito do projeto do MEC, em levar um LapTop para cada aluno. Vejam que este é um projeto mundial.
Parece que o Brasil já está caminhando firme nesse processo, pois já estão chegando os primeiros LapTops. Apesar do programa ser conhecido como "LapTop de 100 dólares", estes custaram 140 dólares.
Vejam em
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/112006/03112006-8.shl

5.11.06

Tecnologias Educacionais

O uso consciente e eficaz das tecnologias é tão importante quanto o próprio saber docente. É preciso que os professores as conheçam, de forma mais ampla, para que possam utilizá-las de maneira efetiva. O artigo Tecnologias educacionais: presenças ausentes na escola traz uma importante reflexão para nós, futuras educadoras, pois isso representa um constante desafio para a nossa profissão.

Inclusão do PNEES (Portador de necessidades educacionais especiais)

A inclusão do deficiente físico ao acesso das novas tecnologias assistivas ainda esta´muito lento, devido as escolas estarem mal aparelhadas. Ainda não houve investimento de aparelhos que possa facilitar a aprendizagem de deficiente na escola.
As escolas estão realmente "incluindo" pois, nem sempre as escolas estão de fato preparadas tecnologicamente para atender aos PNEEs, que precisam de computadores adaptados para sua realidade, e esse material requer um grande investimento...
"O acesso à escola muitas vezes é dificultado pela falta de informação e/ou qualificação dos profissionais da educação no Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs) com limitação visual.
As escolas não possuem materiais como obras em braille, sistema de escrita das PNEs com limitação visual, ou equipamentos tecnólogos adaptados para atendê-los em suas necessidades.

Pedagogia e Tecnologia

SOFTWARES EDUCACIONAIS E A EDUCAÇÃO ESPECIAL: REFLETINDO SOBRE ASPECTOS PEDAGÓGICOS

Claudete Morellato
Maria Cristina Torres Felippim
Liliana Maria Passerino
Marlise Geller


Acesse o site:
http://www.cinted.ufrgs.br/renote/jul2006/artigosrenote/a21_21176.pdf


De acordo com os autores, o artigo aponta a relevância do uso de softwares educacionais no processo de ensino-aprendizagem, pois favorecem a ter uma adequação dos conteúdos perante a realidade de cada aluno; a serem novas metodologias que venham a incentivar a participação ativa do aluno no aprendizado; além de ampliar o desenvolvimento do aluno para a sua inserção na sociedade moderna, a partir de condições de cognição e autonomia.
Enfatiza-se que os aspectos pedagógicos e sociais devem nortear no manuseio da informática na aprendizagem, visando, sobretudo, uma perspectiva pedagógica voltada a construção do conhecimento na educação e principalmente na Educação Especial.

"A Informática na Educação Especial favorece na perspectiva de pensar e repensar a prática pedagógica, de modo a torná-la eficaz no propósito de possibilitar a aprendizagem, promovendo uma ruptura de algumas práticas que concebem os alunos como iguais e não como sujeitos sócio-culturais com experiências e necessidades diversas". (FELIPPIM; GELLER; MORELLATO; PASSERINO).

Dessa forma, há softwares direcionados a esses alunos, como os de “Linguagem de Programação” que estimulam a percepção auditiva e perceptiva e o desenvolvimento psicomotor deles.
Diante desse cenário, a tarefa primordial da escola é de refletir na utilização das novas tecnologias, como ferramentas que garantem situações significativas de aprendizagem, levando a construção e a organização do raciocínio dos alunos.