Pedagogia e Tecnologia

Blog da disciplina Novas Tecnologias e Educação, do Curso de Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

7.4.07

Os Inconformáticos

Fonte:Revista Nova Escola
Edição Nº 149Janeiro/Fevereiro 2002
Índice





Escola pública de São Paulo mostra como é possível integrar alunos e professores e dar vida a um grande projeto para usar os computadores de forma significativa para todos
Ricardo Falzetta

Heudes Régis
Jovens do Ensino Médio mostram a seus professores como operar um micro: a informática bem empregada rende bons trabalhos educacionais
ocê ainda duvida do poder revolucionário da informática? Então veja a transformação que os computadores provocaram na Escola Estadual Godofredo Furtado, em São Paulo. Ali, alguns alunos formaram um grupo para pôr em uso o laboratório e terminaram dando aulas aos professores, em oficinas de produção de fanzines. A história começou em agosto de 2000. Inconformados com uma sala fechada e cheia de máquinas desligadas, quatro estudantes do Ensino Médio que haviam feito um estágio na organização não-governamental Projeto Aprendiz procuraram a diretora do colégio e pediram para assumir o espaço. Estava lançado o Inconformática (leia mais sobre o grupo no quadro da página ao lado).
Com a chave nas mãos, os estudantes fizeram uma faxina na sala e puseram os micros em funcionamento. Não havia rede, os computadores eram velhos e sem acesso à internet. Mas isso não afetou os planos. A idéia podia ser colocada em prática com os equipamentos. "Queríamos mostrar aos colegas como usar a informática de forma significativa", lembra Rafael França, um dos inconformáticos. "Não era nossa intenção dar cursinhos e, muito menos, ficar brincando."
Com a agilidade e o desprendimento típicos dos adolescentes, o grupo organizou as oficinas e, em setembro de 2000, iniciou-se a primeira turma, formada por colegas mais jovens, do Ensino Fundamental. Apostilas foram montadas com as informações básicas sobre a utilização do Windows, do Word e de um software de paginação. O sucesso foi imediato. "Os outros garotos e garotas passavam por aqui e punham as carinhas curiosas na porta e nas janelas para tentar descobrir o que estava acontecendo", lembra Ana Paula Anderson, "mestra mirim". Três meses depois, era lançado o primeiro fanzine (Recriação). Nele, alunos de 5ª, 6ª e 7ª séries mostraram as mudanças que estavam ocorrendo na escola, inclusive a criação do Inconformática. Nos textos, abordaram desde a pintura nova do pátio até os projetos pedagógicos realizados, como o Cinema em Sala de Aula, em que analisaram o curta O Menino, a Favela e as Tampas da Panela, de Cao Hamburguer. Na capa, uma ilustração inspirada em Tarsila do Amaral, outro tema das aulas.
Alguns dos fanzines produzidos nas oficinas ministradas na Escola Estadual Godofredo Furtado: inversão de papéis entre mestres e aprendizes
Novas máquinas
No final do ano, após a primeira reunião com professores e coordenadores da Godofredo, o projeto foi inscrito no concurso Sua Escola a 2000 por Hora, do Instituto Ayrton Senna. Ganhou. O prêmio foi a modernização do laboratório, que passou a ter acesso de alta velocidade à internet, dezessete novos computadores, três impressoras e um scanner. Em agosto de 2001, os papéis se inverteram de vez. Teve início a primeira oficina voltada exclusivamente para professores. O tema do fanzine, escolhido pelos docentes transformados em alunos, não poderia ser outro: educação. Boa parte do grupo jamais tinha ligado um computador. Outros, já familiarizados, aproveitaram o trabalho para trocar experiências com os colegas de curso.
"Eu já sabia usar, mas foi muito bom descobrir o que cada um pensa sobre educação e como vem trabalhando em sala de aula", diz Wanda Del Vechio, que leciona Filosofia. Já para Roseli Anastácio Silva, de Língua Portuguesa, tudo foi novidade. "Eu não sabia nem ligar nem desligar a máquina", conta. "No final do ano, levei minha turma do 3o ano para a sala de informática e percebi que já me sentia à vontade", completa. "Até a diretora acabou participando da oficina", recorda-se Heloísa Helena Madella, de História.
Além dos fanzines, o Inconformática pretende desenvolver oficinas de criação de websites. A primeira página deve ser a da própria escola. "É um projeto ousado e, por isso, ainda não conseguimos estruturá-lo", conta Ana Paula. Ousadia, aliás, é o que não falta. O site do Inconformática, por exemplo, já está no ar. Visite http://www.inconformatica.cjb.net/ para conhecer um pouco mais sobre esse grupo de jovens revolucionários.
Fundadores do Inconformática já se formaram, mas continuam trabalhando até preparar substitutos entre os colegas
Os integrantes do Inconformática, quatro deles da própria Escola Godofredo Furtado e, a quinta, uma colega que se juntou ao grupo voluntariamente, já concluíram o Ensino Médio. Portanto, não têm mais vínculo oficial com a escola onde desenvolveram o projeto. Hoje, cada um toca sua vida procurando seguir os estudos e se colocar no mercado de trabalho. Apesar disso, todos continuam freqüentando a Godofredo. "Não vamos deixar o projeto terminar", afirma Renata Carneiro.
A idéia é formar novos coordenadores para ministrar as oficinas, comandar a sala de informática e buscar apoio financeiro para ampliar os projetos desenvolvidos, tanto por alunos como por professores. "Precisamos, por exemplo, de um suporte técnico mais eficiente", diz Ana Paula Anderson. Com a conexão à internet e a interligação dos micros em rede vieram também os problemas com vírus. A escola tem dado todo o apoio que pode, mas como a intenção é ampliar o projeto, será necessário mais dinheiro.
Mas... "Peraí, por que vocês fazem tudo isso?", pergunta um título do próprio material de apresentação do Inconformática preparado pelo grupo. A resposta vem na seqüência: "O Inconformática é apenas parte de um objetivo muito maior, do qual alunos, pais, professores, governo e sociedade são co-responsáveis: a melhoria

Comentário:
O Projeto "Os Inconformáticos" mostra um caminho inverso dentro da escola, pois parte dos alunos a fato de mudarem a realidade da instituição em que estudam. O interessante é o fato dos alunos se tornarem professores de seus professores no momento em que ensinam a utilizar os computadores, muito das vezes, repassando conceitos básicos...Pude perceber pela leitura desta matéria que ocorre um retorno, isto é, uma construção interativa do saber, fato este, significativo para todos do ambiente escolar. Tudo isto nos demonstra uma interação no excercimento da cidadania, da tecnologia a serviço da pedagogia.

6.4.07

O mundo na tela do seus alunos

Em uma entrevista realizada via internet, o especialista em educação à distância Frederic Litto, diz que a escola tem muito a ganhar explorando o universo virtual, deixando de ser o único lugar onde os alunos buscam conhecimento. Com a era da internet, os alunos levam à sala de aula as novidades e informações que pesquisam no computador de casa, de um vizinho, de uma lan house ou da própria escola.
Com a ajuda da internet existem inúmeras possibilidades na sua utilização, tais como estudar, pesquisar e conversar com outras pessoas, que devem ser encaradas como parte do aprendizado para quem ensina e aprende. A Comunicação com outras pessoas em tempo real é sem dúvida um ótimo recurso didático, pois proporciona acesso a realidades diferentes e socialização das vivencias e conhecimentos.
Uma pergunta feita ao professor como as tecnologias da informação começam a revolucionar os estudos na área de educação, ele fala sobre a web 2.0, uma plataforma com a qual 20 ou 30 pessoas espalhadas pelo mundo podem trabalhar ao mesmo tempo no mesmo projeto de pesquisa, permitindo a convergência de várias ferramentas.
O professor cita outras tecnologias que a escola poderá usar, sendo uma delas é o celular. Através do celular, os alunos podem entrar em contato com a biblioteca para consultar referências de livros. E também mandar comunicados da administração aos alunos, mas é necessário que a escola faça um levantamento das necessidades dos alunos. “A escola só precisa de um computador e de programas simples que podem ser baixados da internet.”
As novas tecnologias na educação crescem aos poucos e as escolas não terão mais como fugir do mundo virtual, e que atualmente, metade das escolas públicas de São Paulo tem ao menos 10 computadores com acesso à internet, em 20 anos dois terços das casas brasileiras terão acesso à internet.
Litto afirma que as informações da internet não substitue o professor, elas tornam ferramentas importante, assim o novo papel do professor é deixar de ser um transmissor de conhecimento, e fazer com que seus alunos busquem e construam seu próprio saber. “É tarefa do professor é estimular a pesquisa e o espírito crítico dos alunos para que eles possam analisar, por exemplo, duas fontes de informação conflitantes na internet.”
Reportagem de Débora Didonê revista nova escola 27 de outubro de 2006

Blog: diário (de aprendizagem) na rede

O uso do blog na sala de aula requer toda uma preparação técnica e didática por parte dos professores.Vê-se que exemplos que dão certo trazem consigo amplo suporte técnico, monitores para auxiliar os alunos e principalmente a orientação e coordenação dos professores.Vejo que o uso do blog pode auxiliar ainda na escrita colaborativa, na utilização direcionada das informações contidas na web e ainda para aproximar o professor de seus alunos.A interatividade é outro ponto que favorece a construção do conhecimento no uso do blog como recurso didático e ferramenta de aprendizagem.As atividades desenvolvidas podem ainda serem vistas por inúmeras pessoas enriquessendo a grande teia de informações da Internet.Cada professor deve direcionar o uso do blog na escola de acordo com a realidade em que se situa, procurando sempre se informar sobre o desenvolvimento das atividades, alimentando-o e direcionando as atividades, já que essa ferramenta nos mostra que o conhecimento é algo inacabado.Dessa forma o professor se aproxima das tecnologias digitais e ensina a seus alunos a usar o blog de forma crítica e coerente.

Encontrei esse artigo no site: http://www.netprof.pt/netprof/servlet/getDocumento?TemaID=NPL0205&id_versao=11218 e acredito ser esse um tema de suma importância para a Educação. "Computador: o melhor amigo dos alunos De algo estranho e quase intocável, o computador tornou-se num dos recursos educativos mais falados nas escolas do país. Em pouco menos de duas décadas, muita coisa mudou no domínio das TIC*, mas ainda há muitas escolas que têm o computador decorado com discretos panos de renda e ao abrigo das mãos perigosamente curiosas dos alunos.Quinze anos passados sobre os primeiros projetos de utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no ensino, 70% das escolas do país, do 2.º ciclo ao Ensino Secundário, incluem as TIC no seu projeto educativo, e 40% dispõem mesmo de um site na Internet. Paralelamente, de 1998 para 2001, o raio de computadores por aluno desceu de 35 para 23.Os números, divulgados no relatório "As Tecnologias da Informação e Comunicação nas escolas: condições de equipamento e utilização", da responsabilidade do Departamento de Avaliação Prospectiva e Planejamento (DAPP), do Ministério da Educação, comprovam uma evolução francamente positiva neste domínio. Entre outros resultados, o estudo, efetuado entre Abril e Julho de 2000, conclui que 89% das escolas do 2.º ciclo em diante têm acesso à Internet. Ainda que a partilha dos computadores com este tipo de recursos seja limitada, os alunos são os principais utilizadores do computador nas escolas.Enquanto que a percentagem de professores que utilizam o computador na escola se fixa nos 25%, nos alunos esta varia entre 25% e 50%. Os números acabam por não ser surpreendentes se atendermos ao fato de, num outro inquérito realizado pelo DAPP junto dos professores (intitulado "As Tecnologias da Informação e Comunicação. Utilização pelos Professores"), se ter chegado à conclusão que só 20% dos docentes utilizam o computador na sala, apesar de a ele recorrerem frequentemente, em casa, para prepararem as aulas. Aliás, 49% dos inquiridos admitem que os alunos dominam melhor este equipamento do que eles próprios.Na verdade, e embora os estudos sobre a utilização das TIC pelos alunos que o DAPP está a ultimar ainda não estejam concluídos, não há dúvidas de que este é o terreno em que os estudantes se sentem mais à vontade. Nem sempre estando presente na sala de aula, mas mais nos centros de informática e bibliotecas, o computador é, sobretudo, utilizado para consulta e pesquisa de informação, num contexto de animação e ocupação dos tempos livres.Após nove anos de trabalho nesta área, o Nónio-Século XXI, que começou em 1996, dando continuidade ao MINERVA, criou 27 centros de competência distribuídos pelo País, com sede em universidades, escolas superiores de educação e centros de formação, para prestarem apoio aos projetos de utilização das TIC nas escolas e promoverem a formação de professores. Ao fim de três anos de trabalho, o Nónio avaliou uma parte dos projetos desenvolvidos, concluindo que, 66% tiveram uma atuação positiva, 20% foram executados na totalidade, em relação ao que estava planeado e 8% ultrapassaram a execução prevista.Mas nem tudo é cor-de-rosa no mundo das novas tecnologias. A existência de computadores nas unidades de ensino (29 por cada projeto, segundo dados do Nónio) não significa necessariamente a sua melhor utilização. Segundo o já referido estudo do DAPP, sobre a utilização das novas tecnologias pelos docentes, 94% dos professores queixam-se de falta de formação para o uso das TIC em contexto educativo. O relatório sublinha mesmo que a formação de professores nesta área é "uma autêntica urgência".De resto, como o EDUCARE.PT testemunhou, proliferam as escolas que têm à sua disposição computadores fechados numa sala, com acesso rígido, dispostos com organização e método num centro de recursos que ninguém utiliza, esteticamente decorados com o melhor pano de renda da escola, longe dos alunos, como peça preciosa que ao mais descuidado manuseio se pode avariar.O que apresentamos aqui são os projetos de sucesso, aqueles que surgiram da atitude voluntária de um grupo de professores, que se vão delineando no meio de inúmeros obstáculos burocráticos, mas que, enfim, fazem as delícias dos alunos de qualquer nível de ensino"
* Novas Tecnologias da Informação e Comunicação

Não se pode ignorar: a tecnologia evolui a passos largos e está cada vez mais íntima das pessoas. Assim, é inevitável que se discuta o uso do computador nas escolas, uma vez que este estará cada vez mais presente na vida das pessoas. No entanto, ainda é visível a resistência do corpo docente face implantação de novas tecnologias nas escolas. Muitos professores consideram a inclusão digital algo como irreal para sua sala de aula. É certo que inserir o computador nas escolas não resolve os grandes problemas enfrentados pela escola, como a defasagem, o analfabetismo, entre outros. Mas é preciso saber utilizar essa nova tecnologia de forma a enriquecer as aulas, e assim, sanar problemas de forma mais rica e inovadora. O uso do computador em sala de aula estimula a produção de textos, a criatividade dos alunos ao elaborarem uma página na internet, possibilita uma maior comunicação entre alunos, entre esses e professores, enriquece as pesquisas escolares, estimula o espírito crítico face ao que deve ser público e o que deve ser privado, e faz com que os alunos, participem de forma ativa da construção do conhecimento. Ao elaborar um site por exemplo, o aluno pesquisa, constrói, analisa sua obra, torna-se sujeito ativo, autor e não simplesmente receptor de informações transmitidas pelo professor. Como o artigo acima discute, torna-se urgente uma maior capacitação dos professores, para que estes saibam usar e dialogar com essas tecnologias para melhor utilizarem estas na sala de aula, produzindo resultados satisfatórios ao processo de ensino-aprendizagem.

5.4.07

A lição da era digital

Uma pesquisa feita pela OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico comprovou o que muitos de nós já tínhamos certeza, de acordo com o estudo feito pela organização, a tecnologia é importante para educação e contribui muito para um bom desenvolvimento de aprendizagem dos educandos. Os pesquisadores levaram três anos para analisar os dados coletados na pesquisa, os resultados da pesquisa revelaram que o Brasil possuia na época uma média de um computador para cada 50 alunos, o que o deixou em penúltimo lugar no estudo. E é esse o ponto que mais me chamou atenção nessa reportagem publicada em abril de 2006, é possível perceber que, desde a publicação dessa reportagem houve um certo avanço em busca de uma educação melhor, aliada com novas tecnologias. Como prova disso temos aí em evidência o projeto UCA – Um Computador por Aluno, é confortante vermos que nosso país tem tentado sanar suas deficiências no que diz respeito à inovação na educação. Na reportagem ainda há sugestões de como unir de forma eficiente a tecnologia e educação, para vê-la na íntegra basta acessar o link http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=e17d81ca0af470100140984bd391ffbd.

Mídia - educador, o que é isso?

Pier Cesare Rivoltella

O filósofo italiano Pier Cesare Rivoltella, especialista em mídia e educação da Universidade Católica de Milão, em entrevista a Revista Nova Escola, de março de 2007, discute como a tecnologia e seu conteúdo devem fazer parte do cotidiano escolar. Para Rivoltella os meios de comunicação dão impulso à inovação do ensino, mas ele alerta que ainda sente resistência cultural quanto ao uso das tecnologias e mídias na escola. "Os professores não são formados para lidar com elas." E quando o fazem há uma preocupação maior com o conhecimento técnico do que com uma abordagem crítica significativa. O especilaista faz um apanhado sobre o papel do aluno e do professor frente as tecnologias. O aluno faz uso delas com facilidade e por vezes utiliza várias ao mesmo tempo, é possível para eles usar o celular, conversar no MSN e ainda assistir TV simultaneamente, enquanto que os professores além de não terem o hábito de utilizá-las ainda são resistentes a elas. Rivoltella acredita que deve haver uma preocupação maior com a formação docente para o uso das tecnologias em sala de aula. Ele defende a criação de um novo tipo de profissional, o mídia - educador, que é um especialista no tema, que deve ter competências na área de Comunicação e Pedagogia. Seu papel será o de ajudar a formar na escola os professores das outras disciplinas, atuando em conjunto com eles para um trabalho educativo mais aprofundado. O especialista italiano também defende que esse novo profissional ajude a aprimorar a programação infanto - juvenil. Segundo ele há tentativas de inserir o mídia - educador nos canais de TV italianos, mas há resistências, pois as empresas estão voltadas para interesses econômicos.
Ganharíamos muito com esse novo profissional, pois traria para a escola uma educação também digital (assim como também digital é o mundo), mas com reflexão, criticidade, pautada em valores e na ética.
Reportagem: Falta cultura digital na sala de aula de Débora Didonê, para lê-la na íntegra clic no título deste post.
Katy Caldeira

3.4.07

Educador navegando por mares nunca dantes navegados

Para servir de pontapé inicial e de motivação primeira a nova fase que nós - alunas do 7° período de Pedagogia da PUC Minas no 1° semestre de 2007 - iremos traçar resolvi "postar" o texto de Marcondes Serotini Filho entitulado como "Não se é professor por acaso!" e relacioná-lo a disciplina Novas tecnologias e Educação. A princípio o texto não haverá muito ligação com a disciplina, mas construirei um paralelo.
A presente disciplina nos amplia horizontes e nos possibilita enxergar os pontos positivos (e também negativos) da inserção dos aparatos tecnológicos no âmbito educacional. Estamos vivenciando a mesma experiência, ou melhor, uma experiência parecida com a vivida pelos navegadores das caravelas na época da Expansão Marítima, pois muitas alunas estão navegando pela primeira vez por "mares nunca dantes navegados". Mares esses cibernéticos que recebem nomenclaturas como: Blog, FotoBlog, Web 2.0, textos colaborativos, Podcasting... Assim como os navegadores das caravelas enfrentaremos desafios e dificuldades, mas também conquistas e possibilidades.
Desde os primórdios da humanidade existia a essência da educação, do ensinar as proles. Primeiramente o ato de ensinar ocorria através da natureza de forma espontânea, a educação era familiar. Depois a Antigüidade promoveu a divisão de classes por meio da aquisição da propriedade privada da terra e com isso, a educação também foi diferenciada. Existia nesse período o sentido etimológico da palavra escola, lugar do ócio, destinada a classe dominante e, uma educação voltada para o trabalho destinada a classe dominada. Com o surgimento da Idade Média a educação passou a ser ministrada em praças públicas por mestres e doutores, entretanto a universalização do ensino ainda não se fazia presente. A Era Moderna impulsionou a interação e a cooperação dos pilares do tripé do conhecimento - professores, pais e aluno - visando a aprendizagem do aluno, pois ele se torna o foco principal no processo ensino-aprendizagem.
A partir disso, deduzimos que "não se é professor por acaso". Ousaria dizer mais... Não se é EDUCADOR por acaso!!! Professor qualquer pessoa pode ser, mas educador não. Porque o educador estimula o pensar do seu alunado e ensina para a vida e não apenas para aquisição de informações. Educador forma seres humanos ativos e críticos e, não só informa mentes passivas e repetidoras.

2.4.07

Xô exclusão digital

No mês de fevereiro deste ano a organização sem fins lucrativos One Computer Per Child (OLPC) doou cerca de mil máquinas ao Brasil para dar início à implantação do laptop XO nas cidades experimentais de São Paulo e Porto Alegre.
Para que o Xo possa ser usado nas escolas, estudiosos de tecnologia e educação, pesquisadores, universitários e professores de escolas públicas estão se dedicando às oficinas, mexendo no pequeno computador que o Governo Federal distribuirá às crianças das escolas públicas brasileiras.
A reportagem traz algumas possibilidades de uso desse computador na sala de aula bem como imformaçoes técnicas do XO e ainda necessidades de aprimoramento da máquina. Há relatos de professores que, dentro da sua disciplina, já vêem nesse computador uma ferramenta interessante para auxiliá-los em suas matérias.
Destaco neste projeto a valorização do professor oferecendo mais recursos aos mesmos. E a efetivação de um projeto tão novo em um país tão grandioso como o nosso requer mais que investimentos (tanto para o funcionamento do aparelho quanto no preparo dos professores), exige uma mudança na concepção do ensino (como já falamos nas aulas de Novas Tecnologias da Educação com o professor Simão Pedro). Faz-se necessária uma nova reflexão sobre aprendizagem e o papel da escola em nossa sociedade, a quebra de alguns paradigmas da educação, o envolvimento de toda equipe pedagógica com as atividades dos alunos e, ao meu ver, o primordial: a formação do professor, o que, é claro, nos toca enquanto educadores e futuros pedagogos dessa nova demanda de alunos e tecnologias.
Confira mais detalhes dessa reportagem da autora Débora Didonê acessando http://revistaescola.abril.com.br/reportagem/sala/repsemanal_207956.shtml de 24 de janeiro de 2007.

A tecnologia chega à escola, que não é mais só para a elite

Jamais a sociedade brasileira se comprometeu tanto com a educação. Empresas públicas e privadas, fundações, entidades soiais e não - governamentais têm se dedicado a estudar e propor soluções na área da educação.
A reportagem da revista na escola traz os avanços na educação a partir da década de 90 tais como os Parâmetros Curriculares Nacionais, a aprovação da LDB dentre outro. Estudar já não é mais um privilégio para poucom como na década de 30. Porém, a qualidade do ensino na rede pública, onde se consentra o maior número de estudantes ainda é a grande questão da educação. O acesso e a utilização efetiva da tecnologia, a formação continuada e a organização do currículo por disciplina e por h/aula são os grandes desafios que nós como professores e futuras pedagogas iremos deparar na escola de hoje.
O computador e a ampla gama de opções que ele ofererce está presente em muitas salas de aula. Com isso o professor deixa de ser a única fonte de conhecimento e informação na escola. E a qualidade do ensino depende justamente dos profissionais que atuam na escola em se ajustar às novas demandas da sociedade atual.
Esta reportagem se encontra na íntegra na edição 186 de outubro de 2005 através do endereço: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0186/aberto/mt_92545.shtml

Blog com dicas sobre blogs

Um blog para ensinar a fazer blogs é uma boa.
Um dica de um blog que dá dicas sobre blogs com finalidade pedagógica: "
Fazendo BLOGS", de Márcia Sales.

Blogs sobre Matemática

Seguindo os dois links abaixo, você verá que qualquer conteúdo do currículo escolar pode ser tratado num blog, esse importante esse recurso da Web 2.0. Basta o professor dar asas à sua imaginação.

Mat Sanches - http://matsanches.blogspot.com/

1.4.07

A rede em sala de aula

A revista Aprende Brasil de abril/maio de 2006, site www.editorapositivo.com.br/pnld, no caderno comunicação, traz uma matéria que enfatiza a necessidade cada vez maior da inclusão digital escolar. A autora Marli Vieira fala das muitas possibilidades de uso da rede pela escola e faz críticas das escolas que deixam os computadores de lado, encostados ou servindo como simples apoio às matérias tradicionais. Na sua opinião, essas escolas estão negando aos alunos um direito garantido no Estatuto da Criança e Adolescente, levando em conta que toda criança tem direito à educação, o que inclui a promoção da educação digital.
A inclusão digital das escolas se encontra (ainda) num processo inicial. E como todo processo de mudança, está acontecendo de forma lenta e bem diversificada. É notório que existem escolas agindo como cita a autora, porém existem outras que estão utilizando muito bem o recurso; como existem aquelas onde o computador ainda não chegou. Eu por exemplo trabalho em uma escola que possui apenas quatro computadores na secretaria e um na sala de professores. Existe um laboratório onde foram instalados quinze cabos de entrada, mas as máquinas ainda não chegaram. Os alunos sabem e sempre me perguntam quando vão chegar os computadores. Eu não tenho resposta.
Enquanto estiver chegando computadores e os professores continuarem despreparados, os erros de utilização e a não utilização vão continuar.

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