Pedagogia e Tecnologia

Blog da disciplina Novas Tecnologias e Educação, do Curso de Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

17.11.06

Educação à Distância

Sabe-se que a EaD é uma modalidade de ensino que vem crescendo, atualmente. Dessa forma ela requer profissionais capacitados para atuarem na mesma. É nesse sentido que se torna relevante fazer uma investigação mais apurada da realidade da temática, visto que a EaD é um dos campos de atuação do pedagogo.

De acordo com estudos para o pedagogo atuar como profissional de EsD não basta ter apenas uma formação com bases em teorias pedagógicas, mas sim uma formação que leve em consideração as situações atuais do mundo, como as novas tecnologias.

O pedagogo atuante na eaD enfrenta diversos desafios e perspectivas, dentre elas tornar o curso menos técnico, através de um diálogo entre pedagogo e equipe multiciplinar.

Para saber mais:
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Inclusões e inclusões

"Há inclusão digital, mas não há inclusão na cibercultura.
Que é estar incluído na cibercultura?
É antes de tudo ter consciência crítica de sua existência cidadã no ciberespaço, na cibercidade com acesso à interfaces e dispositivos online entendidos como disponibilidades de informação e de comunicação todos-todos.
A formação para essa consciência crítica é demanda da própria cibercultura. As escolas e universidades estão profundamente despreparadas para tal."

Marco Silva, se manifestando numa lista de discussão da UNICAMP sobre EaD, quando se debatia o fato do Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, o maior evento brasileiro no tema, ser apenas presencial.

16.11.06

Novas Tecnologias

As conseqüências da evolução das novas tecnologias, centradas na comunicação de massa, na difusão do conhecimento, ainda não se fizeram sentir plenamente no ensino ¾ como previra McLuhan já em 1969 ¾, pelo menos na maioria das nações, mas a aprendizagem a distância, sobretudo a baseada na Internet, parece ser a grande novidade educacional neste início de novo milênio. A educação opera com a linguagem escrita e a nossa cultura atual dominante vive impregnada por uma nova linguagem, a da televisão e a da informática, particularmente a linguagem da Internet. A cultura do papel representa talvez o maior obstáculo ao uso intensivo da Internet, em particular da educação a distância com base na Internet. Por isso, os jovens que ainda não internalizaram inteiramente essa cultura adaptam-se com mais facilidade do que os adultos ao uso do computador. Eles já estão nascendo com essa nova cultura, a cultura digital.
Os sistemas educacionais ainda não conseguiram avaliar suficientemente o impacto da comunicação audiovisual e da informática, seja para informar, seja para bitolar ou controlar as mentes. Ainda trabalha-se muito com recursos tradicionais que não têm apelo para as crianças e jovens. Os que defendem a informatização da educação sustentam que é preciso mudar profundamente os métodos de ensino para reservar ao cérebro humano o que lhe é peculiar, a capacidade de pensar, em vez de desenvolver a memória. Para ele, a função da escola será, cada vez mais, a de ensinar a pensar criticamente. Para isso é preciso dominar mais metodologias e linguagens, inclusive a linguagem eletrônica.

Pedagogia e Tecnologia

Pedagogia e Tecnologia

Emilia Ferreiro e as novas tecnologias

Emília Ferreiro: Trechos da entrevista à Revista Nova Escola.

NE.: As novas tecnologias trouxeram mudanças importantes?

Emilia: Sim, porque entram não somente na vida profissional mas também no cotidiano pessoal. Permitem ler e produzir textos e fazê-los circular de modo inédito. Hoje, ser alfabetizado é transitar com eficiência e sem temor numa intrincada trama de práticas sociais ligadas à escrita. Alfabetizar é cada vez mais um trabalho difícil. Em muitos casos, mudou o próprio modo de ler e escrever. O texto de e-mail, por exemplo, não tem regras definidas.

NE.: No Brasil, os adolescentes criaram todo um código para se comunicar pela internet.

Emilia: Isso acontece em toda parte. Pode ser um fenômeno passageiro, mas o certo é que os jovens estão fazendo com a escrita um jogo divertido. E para transgredir a escrita é preciso conhecê-la.

NE.: O uso de computador nas escolas tem sido adequado?

Emilia: É comum os professores não saberem muito bem o que fazer com ele. Por isso foi inventada a sala de informática, para usar num determinado horário. É uma maneira de não incluir o computador na atividade diária.

NE.: Muitas escolas têm computadores não conectados à internet. Costuma-se dizer que não servem para nada.

Emilia: Ao contrário, são muito úteis. A escola sempre trabalhou mal a revisão de texto e os alunos odiavam fazê-la porque num texto a mão é preciso voltar a escrever tudo. Com um processador de texto, a revisão se torna um jogo: experimenta-se suprimir ou deslocar trechos, com a possibilidade de desfazer tudo. Após as intervenções, temos na tela um texto limpo, pronto para ser impresso. A revisão é fundamental para que as crianças assumam a responsabilidade pela correção e clareza do que escrevem.

15.11.06

Informática na Educação
Luíz Antônio de Morais

O computador tem provocado uma revolução na educação por causa de sua capacidade de "ensinar". As possibilidades de implantação de novas técnicas de ensino são praticamente ilimitadas e contamos, hoje, com o custo financeiro relativamente baixo para implantar e manter laboratórios de computadores, cada vez mais demandados tanto por pais quanto por alunos.
Tudo isso causa insegurança nos professores, que num primeiro momento temem sua substituição por máquinas e programas capazes de cumprir o papel antes reservado para o ser humano. Mas o computador pode realmente provocar uma mudança no paradigma pedagógico e pôr em risco a sobrevivência profissional daqueles que concebem a educação como uma simples operação de transferência de conhecimentos do mestre para o aluno.
No paradigma instrucionista, o uso do computador na educação consistiria simplesmente na informatização dos meios tradicionais de instrução. "No entanto, o computador pode enriquecer ambientes de aprendizagem onde o aluno, interagindo com os objetos desse ambiente, tem chance de construir o seu conhecimento". Aí está a grande "sacada" do uso do computador. Uma reviravolta que muda o foco de ensino do instrucionismo para o construcionismo, muitas vezes sem que haja uma declaração teórico-pedagógica explícita.
As Visões Céticas e Otimistas da Informática em Educação
Visão Cética
Se as escolas não tem carteiras, giz nem merenda e o professor ganha uma miséria, como falar em computador?
Ora, se as escolas chegaram a este ponto, não foi por causa de gastos com equipamentos, sejam eles de informática ou não. O fato é que se elas não se modernizarem, acentuarão o hiato existente entre a "idade" dos métodos de ensino e a "idade" de seus alunos. Ou seja, elas continuarão no século 18, enquanto os alunos vivem no século 21.
Os céticos também argumentam que haveria uma desumanização com o uso da máquina, com a eliminação do contato entre o aluno e o professor.
Mais uma vez, encontramos um argumento frágil contra o uso da informática. O aluno de fato somente irá prescindir do contato com o professor se este se restringir (como classicamente o faz) a transmitir informações e conhecimentos. Os céticos, por sinal, estão presos a este modelo instrucionista e temem, portanto, a perda do papel tradicional do professor.
Não se pretende, tampouco, que um aluno permaneça 10 ou 12 horas diante de um computador. Portanto, a desumanização informática tem a mesma probabilidade de ocorrer como em qualquer uso exagerado de aparatos tecnológicos, como televisão, música etc.
Visão Otimista
Como o otimismo é gerado por razões pouco fundamentadas, é provável que ele venha acompanhado de grandes frustrações:
modismo: outros países e escolas já dispõem dos equipamentos. Isso causa erros no sistema educacional. É preciso critério, senso crítico. As soluções não devem ser meramente copiadas;
o computador fará parte de nossa vida e a escola deve lidar com essa tecnologia. Muitas escolas introduzem o computador como disciplina curricular, dissociada de sua utilização em outras perspectivas e disciplinas. Usamos o telefone sem necessariamente sabermos princípios de telefonia.
o computador é um meio didático. De fato, ele apresenta facilidade para simular fenômenos e animação. No entanto, esse enfoque leva a uma sub-utilização como ferramenta de aprendizagem.
Por Que Se Ensina Matemática na Escola ?
Transmitir fatos matemáticos
Pré-requisito para o sucesso
Beleza intrínseca à estrutura matemática
Valores práticos
Treino da mente
Ao observarmos o que acontece com o ensino da matemática, notamos que o argumento nobre (desenvolvimento de raciocínio) não é o subproduto mais comumente encontrado. Portanto, não basta mais uma vez transmitir informações. É necessário ter propostas críticos para a introdução de novas tecnologias e disciplinas no ensino.
Construcionismo?
O termo "construcionismo" decorre da necessidade de se caracterizar a interação aluno-objeto, mediada por uma linguagem de programação, como o Logo.
O profissional que conhece o Logo atua como mediador dessa interação. A criança interage com o objeto que usa métodos para facilitar a aprendizagem e, principalmente a descoberta do aluno.
Conclusões
O que foi proposto pelo autor é a mudança do paradigma pedagógico do instrucionismo para o construcionismo. Existe resistência do sistema educacional, mas se a mudança não ocorrer, os resultados indesejáveis poderão ser o êxodo do aluno ou a produção de educandos obsoletos.

Para maiores informações acesse o site:
http://gold.br.inter.net/luisinfo/infoeduc.html#top

Informatica na Educação

A primeira aplicação pedagógica do computador foi planejada para usá-la como maquina de ensinar e empregava o conceito de instrução programado. Ate hoje muitas experiências educacionais se restringem a colocar microcomputador e programas.
A aplicação da tecnologia de informação nos diversos ramos da atividade humana acarretou a criação de cursos de níveis técnicos, superior ou mesmo livre, com a finalidade de preparar profissionais para exercer funções especificas da área. Há uma gama enorme de programas computacionais para uso em Educação, que têm como fundamento a teoria comportamentalista. O significado de construcionismo aqui adotado refere –se a toda uma perspectiva sobre o uso do computador.
A abordagem logo “não é a linguagem de programação em si, e sim um modo de conceber e de usar programação de computadores”. Para o instrucionismo a melhor aprendizagem decorre do aperfeiçoamento do ensino, enquanto que o contrucionismo não nega o valor da instrução,mas coloca a atitude construcionista como um paradoxo que tem a meta de produzir a maior a partir do mínimo ensino.
O professor construcionista procura identificar as duvidas e o grau de compreensão dos alunos sobre conceitos em estudo. Assim , tanto na formação como na prática do professor, a ação é simultaneamente ponto de partida , de chegada e processo, mediada por um entrelaçamento de fatores que constituem a totalidade de cada sujeito envolvido na ação – fatores afetivos, sociais, culturais, cognitivos e emocionais interconectados em uma perspectiva interdisciplinar.
Para melhor compreender o objeto em estudo, é preciso analisar os fundamentos da abordagem adotada no que se refere as bases da propostas construcionista.
Podemos dizer que a informática na educação é um novo domínio da ciência que em seu próprio conceito traz embutido, a idéia da pluralidade , de inter – relação e de intercambio critico entre saberes e idéias.
Muitos aos desafios enfrentados atualmente têm a ver com a fragmentação do conhecimento, que resulta tanto de nossa especialidade quanto, e principalmente do processo educacional do qual participamos.
O universo de estudos da informática na educação é como uma rede dinâmica de temas ou especialidades. Coloco – se a utilização pedagógica do computador na confluência de diversas teorias.
Elaborar em programa significa manipular um sistema de palavras e de regras formais, que constituem a sintaxe e a estrutura da linguagem, que dão suporte para se representar os conhecimentos e as estratégicas necessárias à solução do problema.

Uma nova doença na pós-modernidade


Jovem tarda a reconhecer uso excessivo

Rosa Farah, coordenadora da clínica da PUC-SP, que
auxilia no tratamento de viciados em internet




Por ser um problema relativamente novo, o tratamento para o vício em internet ainda é um grande desafio para os psicólogos. Segundo os especialistas ouvidos pela Folha, os efeitos maléficos do uso excessivo de computadores demoram a aparecer.
"A pessoa só percebe que está sendo prejudicada por um vício quando começa a sentir os prejuízos", explica o professor da Unifesp Aderbal Vieira Júnior.
Diferentemente do que ocorre com os viciados em jogo ou em drogas, que sentem as perdas financeiras e sociais de forma rápida, quem faz uso excessivo de internet pode demorar anos para notar que sua vida está sendo pautada por uma doença grave.
"É difícil perceber. Se um adolescente chega várias vezes atrasado na escola porque passou a noite jogando on-line, os pais acham que é uma coisa normal da idade", diz Vieira Júnior. A falta de repressão dos pais ou da própria sociedade, no caso de adultos, facilita a piora no quadro de dependência.
A fonte do problema, porém, não é a rede e suas inesgotáveis atrações. Em boa parte dos casos, a internet atua como uma espécie de substituta para sensações que faltam na vida real da pessoa. O acesso abusivo das salas de bate-papo e de mensageiros, por exemplo, supriria a ausência de relações interpessoais.
Assim, o tratamento mais adequado é convencer o usuário a dosar melhor suas atividades. Atualmente, parar totalmente de usar o computador acarretaria prejuízos profissionais e isolamento.
Não existe uma idade ou característica predominante nos pacientes que fazem uso excessivo da internet. Muitos são adolescentes, pois a iniciativa do tratamento parte dos pais. Para os especialistas, porém, os sintomas do vício começam aparecer na fase adulta, quando o problema passa a afetar os compromissos profissionais e o corpo não suporta mais tantos abusos.

Publicado no Caderno de Informática da Folha de São Paulo, em 15.11.2006.

12.11.06

WebQuest

Encontrei esse site e achei interessante, e como estamos aprendendo sobre webquest nada mais propício do que compartilhar com vocês este site, que explica sobre o assunto.
http://www.fpce.ul.pt/pessoal/ulfpcost/c/default.asp?id=45&mnu=45



O
Encontro sobre WebQuest tinha como objectivo divulgar e partilhar a investigação realizada, bem como experiências de utilização de WebQuests. Um Encontro para todos os que se interessam pelas WebQuests apresentarem as suas reflexões, as reacções dos seus alunos, bem como debater pontos de vista com um dos seus mentores: Bernie Dodge.


WebQuest

A WebQuest, termo criado por Bernie Dodge e Tom March, consiste num site com actividades para serem resolvidas em grupo, cujos recursos estão preferencialmente na Internet.
Tem a vantagem de proporcionar actividades de pesquisa orientada nos sites.
Uma WebQuest é constituída pelas seguintes componentes: Introdução, Tarefa, Processo, Avaliação, Conclusão e a Página do Professor.
A duração (curta ou longa) de cada projecto depende do nível de complexidade
Antes da WebQuest ser disponibilizada deve ser avaliada.

O mundo na tela do seus alunos

O mundo na tela do seus alunosPara o especialista em educação a distância Frederic Litto, a escola pode ganhar muito explorando o universo virtual dos jovens
Débora Didonê
A escola deixou de ser o único lugar onde os alunos buscam conhecimento. Na era da internet, a garotada leva à sala de aula novidades e informações que pesquisam no computador de casa, de um amigo, de um cyber café ou da própria escola. Por isso, é necessário descobrir maneiras de auxiliar os alunos a aprender cada vez mais por meio das inúmeras ferramentas que o mundo digital oferece.
Justamente com a ajuda de um
software de bate-papo que transmite imagem e som em tempo real, entrevistamos o professor Frederic Litto, fundador e presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). A entrevista cruzou virtualmente o Oceano Atlântico: Litto está em Londres, pesquisando sobre novas tecnologias da informação para a área do ensino, e apareceu aqui, na tela de um computador em São Paulo, na redação de NOVA ESCOLA. O professor se dedica ao estudo da educação a distância desde 1957. Em 1968, escreveu um livro usando o computador - uma prática inovadora na época -, que foi publicado nos Estados Unidos. Foi lá onde ele teve os primeiros contatos com a educação a distância, assunto que o encantou. Afinal, são inúmeras as possibilidades que a tecnologia oferece para quem ensina e aprende.
Estudar, pesquisar e conversar pela internet, porém, nem sempre dá certo nas primeiras tentativas. A entrevista com o professor Litto, por exemplo, quase não aconteceu por causa de algumas falhas técnicas (leia quadro abaixo). Mas essas dificuldades iniciais são naturais - e devem ser encaradas como parte do aprendizado. Comunicar-se com alguém a milhas de distância em tempo real e sem custo algum é sem dúvida um ótimo recurso didático. Por meio de uns poucos cliques, estudiosos e especialistas de qualquer parte do mundo podem chegar à sua escola pela tela do computador - assim como Litto veio até nós. Que tal levar seus alunos a viagens como essa?
De Londres a São Paulo: pela internet, a repórter Débora Didonê entrevista em tempo real o professor Litto
NOVA ESCOLA> Quais as tecnologias da informação que começam a revolucionar os estudos na área de educação? Frederic Litto> A tecnologia mais comentada é o web 2.0, uma plataforma com a qual 20 ou 30 pessoas espalhadas pelo mundo podem trabalhar ao mesmo tempo no mesmo projeto de pesquisa. Ela permite a convergência de várias ferramentas que até agora existem isoladamente, como editores de texto e programas de reprodução de vídeo. Isso significa que o que já fazemos agora (pela internet) vai ficar muito mais sofisticado, como o contato por meio de imagem e som.
NE> Já há escolas de Ensino Fundamental usando essa tecnologia? FL> Na escola, normalmente, não há uma equipe de coordenação tecnológica para fazer implantações com essa velocidade. No final desse ano ou no início do ano que vem, o web 2,0 já estará nas universidades de maior importância. Mas dentro de um ou dois anos vamos ver os melhores colégios públicos e privados começar a implantá-lo.
NE> Que outras tecnologias a escola pode usar? FL> O celular. Num encontro (sobre tecnologia para educação) em Beijing, na China, ficou claro que em vez de proibir o seu uso é muito mais interessante criar atividades com ele na sala de aula. Por meio do celular, os alunos podem, por exemplo, entrar em contato com a biblioteca para consultar referências de livros ou as regras de empréstimo de materiais. A escola também pode mandar lembretes da administração aos alunos, um pedido de autorização dos pais para uma viagem, um aviso sobre o pagamento de taxas ou sobre uma peça de teatro que a turma irá assistir.
Outra novidade é o vortal, que é similar ao web 2.0, mas oferece mais serviços de pesquisa. Será útil para colocar num banco de dados, por exemplo, o histórico escolar dos alunos para consultas. O nível de integração do vortal é mais intenso, há menos fragmentação e o programa já é usado em universidades dos Estados Unidos. Em Stanford, todas as aulas de engenharia são gravadas em vídeo e dentro de duas horas são exibidas no vortal da faculdade.
E finalmente, os alunos podem usar o ipod (um aparelho eletrônico portátil que permite o armazenamento de vídeos e músicas). Com ele, é possível gravar toda a explicação de uma aula para poder consultá-la mais tarde.
NE> No caso do celular, o que a escola deve fazer antes de usá-lo?FL> Em primeiro lugar, é bom fazer um levantamento das necessidades dos alunos. Os professores podem organizar uma reunião com eles e perguntar que tipo de informação sobre a escola eles gostariam de receber, com que freqüência isso deveria ser feito e em que formato. É um sistema de comunicação de duas mãos. A escola só precisa de um computador e de programas simples que podem ser baixados da internet.
NE> Qual deve ser a iniciativa do professor que não sabe nada de informática? FL> Aquele que não tem computador na escola ou em casa tem que procurar um. No Estado de São Paulo há quase 500 telecentros com acesso gratuito à internet e curso de informática. No Paraná e em Minas Gerais também há. Não há desculpa para o professor ficar parado.
NE> Há uma expectativa de quando as escolas não terão mais como escapar do mundo virtual? FL> Num horizonte de 10 ou 15 anos. O impacto das novas tecnologias na educação cresce aos poucos. Metade das escolas públicas paulistas têm ao menos 10 computadores com acesso à internet. São quase 3,5 mil computadores. Uma vez que se tem essa massa crítica, as secretarias de educação passam a investir mais. Em 20 anos, dois terços das casas brasileiras terão acesso à internet. Hoje, dois terços dos brasileiros têm celular. Nosso povo é muito comunicativo e audiovisual.
NE> As informações da internet substituem o professor? FL> Quando o cinema surgiu, muitos acharam que o teatro ia acabar. Disseram que o cinema levaria as pessoas à lua, mas o teatro existe até hoje. A tevê não acabou com o cinema, nem o vídeo acabou com a tevê. O que é útil permanece útil. O professor também não será substituído. Porém, ele terá um novo papel: deixar de lado a velha característica de ser um entregador de conhecimento e tornar-se o arquiteto das atividades que o aluno fará para buscar esse conhecimento. Quem tem que suar, descobrir, pesquisar é o aluno. Se o professor entrega um prato feito, a turma não vai aprender e esquecerá tudo quando a escola terminar.
É tarefa do educador estimular a pesquisa e o espírito crítico dos alunos para que eles possam analisar, por exemplo, duas fontes de informação conflitantes na internet. Além disso, pesquisas mostram que freqüentes contatos entre alunos e professores são bons tanto para ajudar o estudante a ler nas entrelinhas quanto para fornecer a ele um modelo de comportamento.

Falhas: acontecem com todo mundoMesmo com o cuidado de instalar e testar os programas e equipamentos necessários para a conversa on-line, nós aqui na redação tivemos um problema de última hora: o programa de bate-papo do computador falhou. Rapidamente, transferimos a webcam e o microfone para outra máquina e reinstalamos os softwares necessários enquanto o professor Litto nos aguardava em sua casa, cinco horas à nossa frente, do outro lado do Atlântico. Na segunda tentativa, a instalação estava correta, mas o que falhou foi a conexão. Litto ouvia minha fala aos pedaços, como quando a antena de tevê não capta direito o som. Adiamos a entrevista por meia hora para ver se a conexão melhorava. E então, finalmente conseguimos. Nossa entrevista virtual foi um sucesso. Eu e o professor víamos e ouvíamos um ao outro, sem gastar um tostão sequer com ligação internacional. Como você pode ver, dificuldades técnicas acontecem com todo mundo. Só é preciso paciência e tempo para aprender como usar os programas.
Quer saber mais?
InternetConheça o Skype, ferramenta de comunicação em tempo real por meio de texto, vídeo e voz (para os dois últimos, é preciso ter uma webcam e um microfone instalados no computador, que têm baixo custo). O software pode ser baixado gratuitamente do próprio
site e instalado em questão de segundos no computador (caso o internauta disponha de banda larga).
Para mais informações acesse o site
www.novaescola.com.br

Tecnologia e educação: trabalho e formação docente

Raquel Goulart
Uma questão que está havendo uma certa relevância nos dias de hoje, com o avanço tecnológico, são exatamente as tecnologias de informação e comunicação, e este é um assunto que já chegou às escolas e está trazendo tanto dúvidas como são também ferramentas de aprendizagens importantíssimas para o professor e está sendo enfrentado pelo mesmo como um desafio. O parágrafo a seguir irá dizer um pouco mais sobre o assunto:
No momento de reconfiguração de trabalho e formação docente, outro aspecto parece constituir objeto de consenso: a possibilidade da presença das chamadas “novas tecnologias” ou , mais precisamente das tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Essa presença tem sido cada vez mais constante no discurso pedagógico, compreendido tanto como o conjunto das práticas de linguagem desenvolvidas nas situações concretas de ensino quanto as que visam atingir um nível de explicação para essas mesmas situações. Em outras palavras, as TIC têm sido apontadas como elemento definidor dos atuais discursos do ensino e sobre o ensino ainda que prevaleçam nos últimos. Atualmente, nos mais diferentes espaços, os mais diversos textos sobre educação têm , em comum, algum tipo de referência á presença das TIC no ensino. Entretanto, a essa presença têm sido atribuídos sentidos tão diversos que desautorizam leituras singulares. Assim, se aparentemente não há dúvidas acerca de um lugar central atribuído ás TIC, também não há consenso quanto à sua delimitação.Para saber mais sobre o assunto clique no link abaixo
http://www.cedes.unicamp.br

Pedagogia e Tecnologia


Novas Tecnologias como apoio ao Processo de Inclusão Escolar

Regina de Oliveira Heidrich
Lucila Costi Santarosa

Palavras-Chave: educação, informática, inclusão escola


Tecnologias Assistivas

Denominam-se Tecnologias Assistivas todos os recursos que contribuem para proporcionar vida independente aos deficientes. Abaixo citaremos alguns exemplos de Tecnologias Assistivas . Infelizmente o maior número de pesquisa e desenvolvimento de produtos nesta área encontra-se no exterior. O professor Fernando Capovilla da USP, tem pesquisado e desenvolvido vários sistemas de comunicação computadorizados específicos para pessoas que tem prejudicado a fala.

Sua equipe tem desenvolvido avançados recursos tecnológicos da ciência da computação para diagnóstico e
tratamento efetivo de distúrbios de comunicação e linguagem em quadros neurossensoriais (surdez congênita), neuromotores (paralisia cerebral e esclerose lateral amiotrófica) e neurolingüísticos (afasia e dislexia), e nas várias combinações entre elas (surdo congênito que venha a torna-se afásico, ou surdo que venha a desenvolver esclerose lateral amiotrófica, ou paralisado cerebral com dislexia do desenvolvimento).
Para crianças com paralisia cerebral, incapazes de articular fala ou de segurar um lápis para aprender a escrever, é possível ser adaptado vários sistemas de comunicação e alfabetização que podem ser operados pela criança tocando uma tela sensível ou emitindo um gemido ou movimento grosso quando itens de comunicação (figuras e fotos) estiverem sendo varridos automaticamente. Selecionando
serialmente os itens, ela aprende a compor mensagens que o computador transforma em frases faladas em português com voz apropriada ao sexo e idade da criança. Isto organiza e fortalece sua fala interna, permitindo a comunicação efetiva e a aquisição de habilidades acadêmicas e sociais, vitais para assegurar seu pleno desenvolvimento e autonomia.

Tais sistemas permitem a inclusão escolar verdadeira da criança paralisada. Por meio deles a pessoa pode fazer perguntas em sala de aula, aprender a ler e escrever, compor lições de casa e redações, e adquirir competências.

Na internet, há sites que possuem versões para deficientes, como o www.amazon.com/access, uma adaptação da livraria virtual para deficientes visuais. O www.dicionariolibras.com.br é outro exemplo. Nele os deficientes auditivos, especialmente as crianças, podem aprender a linguagem de sinais, denominada Libras.
Um dos programas mais conhecidos para portadores de deficiências visuais é o DOSVOX. O software consiste de um sistema para computadores da linha PC que se comunica com o usuário através de síntese de voz. ele viabiliza o uso de computadores para o portador de necessidades visuais, que passa a ter independência no estudo e no trabalho.
O sistema, desenvolvido pelo Núcleo de Eletrônica da UFRJ, conversa com o deficiente visual em português. O DOSVOX é composto por sistema operacional, sistema de síntese de fala, formatador para braille, agenda, calculadora, preenchedor de cheques e jogos. Além de ampliar as telas para pessoas com visão reduzida, ele contém ainda programas para educação de crianças com deficiência visual e programas sonoros para
acesso à internet.

Os deficientes visuais também participam como programadores na equipe de desenvolvimento. O site do Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ (http://caec.nce.ufrj.br/~dosvox) disponibiliza uma versão light do DOSVOX para Windows.

Já o DOSVOX versão Pro, pode ser obtido através do Centro de Distribuição do programa. Essa versão contém programas de uso profissional, em especial para internet. 0 Simulador de Teclado para Portadores de Paralisia Cerebral .

O Simulador de Teclado (ST) é um programa que possibilita o uso do computador a pessoas portadoras de deficiências físicas ou motoras. Desenvolvido pelo NIEE, Núcleo de Informática na Educação Especial da UFRGS, ele pode ser utilizado por qualquer pessoa (alfabetizada) que consiga movimentar alguma parte do corpo com a qual possa controlar um dispositivo chamado acionador ou uma tecla do teclado convencional. É dirigido a usuários com escassa ou nenhuma experiência anterior no uso do programa ou de outros sistemas similares com explicações que exemplificam a sua utilização. Por isso constitui-se em um meio alternativo de utilizar outros programas, como sistemas operacionais, editores de texto, bancos de dados, linguagens de programação, entre outros. Acompanha o disquete do sistema um Manual do Usuário que explica como é e como deve ser utilizado o ST, incluindo uma introdução ao sistema operacional e a um editor de texto.
O ST simula na tela do computador uma representação do teclado convencional agregando um sistema de varredura contínua, ou seja, iluminando de forma diferenciada, por um pequeno período de tempo que pode ser definido pelo usuário, cada um dos caracteres e símbolos representados na tela. A forma de controlar o
programa é esperar que a opção desejada seja iluminada para pressionar qualquer tecla do teclado convencional ou a tecla do acionador, que estará disponível dependendo da necessidade do usuário.

Tecnologia de apoio ao aluno com Paralisia cerebral

Temos um aluno com paralisia cerebral, que não fala , não caminha, e no entanto, utiliza o computador como seu caderno, está totalmente alfabetizado e participa de todas as atividades como aulas de música, canto e educação física. Comunica-se através de gestos e todos os professores estão familiarizados com a sua forma de expressão.
Ele tem ao seu lado, uma professora auxiliar que o acompanha e o ajuda na locomoção dentro e fora da sala de aula. Nas aulas de música, a professora permite que toque instrumentos, participando também, de forma peculiar, em aulas de canto. Nas aulas de educação física a professora auxiliar o ajuda a movimentar-se.
O software utilizado é o editor de textos Microsoft Word. Este o tem ajudado como uma forma fundamental de desenvolvimento de trabalho e comunicação. O computador exerce o papel de um caderno.

** Esse artigo poderá ser acessado na integra através do site:

http://www.cinted.ufrgs.br/renote/fev2003/artigos/regina_novastecnologias.pdf

tecnologia e educação: trabalho e formação docente

Raquel Goulart Barreto
Uma questão que está havendo uma certa relevância nos dias de hoje, com o avanço tecnológico, são exatamente as tecnologias de informação e comunicação, e este é um assunto que já chegou ás escolas e vêm trazendo dúvidas como são também ferramentas de aprendizagens importantíssimas para o professor o que está sendo enfrentado pelo mesmo como um desafio. O parágrafo abaixo relata um pouco mais sobre isso:
No movimento de reconfiguração de trabalho e formação docente, outro aspecto parece constituir objeto de consenso: a possibilidade da presença das chamadas “novas tecnologias” ou, mais precisamente das tecnologias da informação e da comunicação (TIC).Essa presença tem sido cada vez mais constante no discurso pedagógico, compreendido tanto como o conjunto das práticas de linguagem desenvolvidas nas situações concretas de ensino quanto as que visam atingir um nível de explicação para essas mesmas situações. Em outras palavras, as TIC têm sido apontadas como elemento definidor dos atuais discursos do ensino e sobre o ensino ainda que prevaleçam nos últimos.Atualmente nos mais diferentes espaços, os mais diversos textos sobre educação têm, em comum, algum tipo de referência à presença das TIC no ensino. Entretanto, a essa presença têm sido atribuídos sentidos tão diversos que desautorizam leituras singulares. Assim, se aparentemente não há dúvidas acerca de um lugar central atribuído às TIC, também não há consenso quanto à sua delimitação.

NAVEGAR É PRECISO


O Boletim Técnico do Senac, além de ótimos artigos são ilustrados de forma detalhada e interessante. Vale a pena conferir. Essa gravura foi tirada da Revista nº 1 de jan./abr. 2003.
O título dest post eu criei para ilustrar a nossa atividade.