Pedagogia e Tecnologia

Blog da disciplina Novas Tecnologias e Educação, do Curso de Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

28.10.06

PC sem disco rígido é tendência em escolas de Goiás

A revista Info Exame apresentou na sua edição nº 239, de fevereiro de 2006, a reportagem que transcrevo abaixo sobre o projeto desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado de Goiás, no qual são utilizados computadores sem disco rígido em algumas escolas da rede estadual desse estado.
O projeto é muito interessante e demonstra, mais uma vez, que iniciativas como esta, voltadas para o uso da tecnologia na educação, favorecem tanto os alunos quanto os professores no seu cotidiano escolar.
É importante perceber que esse projeto está sendo realizado, com sucesso, no ensino público, tão desacreditado no nosso país. Vale a pena conferir!
NA ESCOLA COM DISCOS REMOTOS:
O PC sem disco rígido virou realidade para 120 mil alunos de 100 escolas da rede estadual de Goiás. Os dados dos trabalhos que eles fazem no laboratório de informática vão direto para os servidores de um data center da Brasil Telecom, em Brasília. com isso, as escolas começaram a driblar dois problemas. Um deles era logístico: cada aluno tinha que correr sempre para a mesma máquina para concluir um trabalho iniciado outro dia. A segunda questão estava ligada à manutenção. Às vezes, os próprios alunos acabavam desconfigurando os computadores ou apagando dados por engano.
A Secretaria de Educação de Goiás pretende levar o PC sem disco a 200 instituições de ensino do estado, atingindo 250 mil alunos. O investimento deve chegar a 29 milhões de reais. Com os dados armazenados no data center, é possível acessar a tudo o que foi gravado de qualquer computador, em qualquer laboratório da rede. "Cada aluno tem login e senha, e 10 MB no data center para armazenar seus dados", diz Cláudia Tomaz, gerente de tecnologia da informação da Secretaria de Educação do Estado de Goiás. Se o estudante for transferido para outra escola estadual, ele conseguirá ter acesso aos projetos realizados anteriormente.
Cada laboratório é composto de um conjunto de equipamentos que inclui 22 estações - com processadores Celeron de 1,8 GHz e 256 MB de memória, rodando Windows XP Home Edition e Office - da Microsoft, servidor, impressora a laser, no-break, dois aparelhos de ar condicionado e alarme.
O projeto permite também que os professores entrem na internet e acompanhem os trabalhos dos alunos fora do horário de aula. Nos fins de semana, comunidades de mais de 200 municípios podem acessar a web. "Como todas as configurações ficam no data center, se o usuário cometer algum erro durante o processo de navegação ou tentar baixar algum programa, basta reiniciar a máquina", afirma Cláudia.
A gerente de TI afirma que a iniciativa trouxe agilidade à secretaria nos processos de instalação e de atualização de programas. "Cada software pedagógico que distribuíamos tinha de ser atualizado em todos os laboratórios, um por um. Agora, fazemos a instalação por meio do data center", conta Cláudia. Além disso, há um ponto único de atendimento para help desk, firewall centralizado e interface única para acesso a informações e aplicações.

Computador na escola

Esta matéria foi publicada pela Revista Veja, na sua edição 1978, de 18/10/2006, no Especial Transição Digital.
Ali são mostrados vários aspectos da presença das tecnologias da virtualidade na nossa vida, dentre eles a educação.



O computador como pincel

Mitchel Resnick*

As tecnologias podem auxiliar no processo de aprendizado tanto quanto o papel já ajudou. Serão úteis se usadas de maneira apropriada. Creio que existem três frentes em que os novos recursos técnicos são relevantes: no acesso à informação, na comunicação (entendida como troca de conhecimento) e como meio para que as pessoas exerçam sua criatividade. Infelizmente, a maior parte do aparato moderno se limita a fazer coisas velhas de forma diferente. Com freqüência, as pessoas pensam na educação como o repasse de informações para o estudante. Esquecem-se de que as mais importantes experiências ocorrem quando o aluno está ativamente engajado em projetar, criar e experimentar. Só aproveitaremos o potencial dos computadores quando pararmos de pensar neles como espécies de televisores e começarmos a enxergá-los como pincéis. Ou seja, como meios para a expressão criativa.

Como podemos fazer isso? Veja a história de Alexandra, uma menina de 11 anos que adorava ir ao Computer Clubhouse, perto de sua casa, em Boston, nos Estados Unidos. O local faz parte de uma rede mundial de centros criados para ajudar jovens de baixa renda, com idades entre 10 e 18 anos, a se expressar de forma criativa com novas tecnologias. Neles, garotos e garotas criam animações gráficas, composições musicais e robôs. Alexandra ficou particularmente interessada quando dois voluntários de uma universidade local organizaram um workshop para construir um brinquedo em que bolas de mármore sobem e descem por rampas e pistas, batendo em sinos e pára-choques.



Garota mostra um Cricket, brinquedo que confere capacidade
de processamento a sucatas

Para desenvolver seu projeto, Alexandra recebeu pedaços de madeira, sinos, cordas e bolinhas. Começou a brincar, jogando as bolas de uma rampa para outra, tentando criar padrões de movimento diferentes. Depois, adicionou ao brinquedo um pequeno computador chamado Cricket (grilo), desenvolvido pelo MIT Media Lab. Ela o conectou a um sensor e a um motor, que, por sua vez, fazia funcionar uma correia. Assim, toda vez que a bola descia a rampa, acionava o sensor, que ligava o motor, jogando a bolinha para a próxima rampa. Para Alexandra, o Cricket não era um computador, mas um material como outro qualquer.

O que Alexandra aprendeu com a brincadeira? Várias coisas. Lidou com sensores, feedback (reações) e conceitos de engenharia. Mas talvez o mais importante seja que ela aprendeu sobre o processo de projetar e inventar – e começou a se ver como projetista e inventora. Ao fazer experimentos com sua máquina de bolas de mármore, estava continuamente tendo novas idéias, testando-as e revisando-as com base nos resultados que obtinha. Infelizmente projetos como esses são exceções no uso de novas tecnologias pelas crianças. Elas têm muitas oportunidades de interagir com videogames, histórias eletrônicas e animais de pelúcia "inteligentes". Mas raramente têm a chance de criar. Pesquisas mostram que muitas das melhores experiências de aprendizado ocorrem quando as crianças não estão somente interagindo com novos materiais, mas projetando e inventando coisas com eles. Nesse processo, garotos e garotas experimentam suas idéias. E, se suas criações não saem como o esperado, eles podem revisar algumas idéias e chegar a algo novo. É um ciclo interativo: novas idéias, novas criações, novas idéias, novas criações.

* Mitchel Resnick é diretor do programa Lifelong Kindergarten, do Media Laboratory, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). É um dos criadores do conceito do Lego Mindstorms e dos Crickets

27.10.06

Ideais de beleza e auto-estima: assunto para educadores

Vivemos na Pós-Modernidade, na era do consumismo, do hedonismo, com ideais de beleza que vão sendo bombardeados em olhos pelas mais diversas mídias.
São ideais que acabam nos sendo impostos por aqueles que têm o encargo de induzir consumo.

"Vendem-se" ideais para se venderem produtos, serviços, até os de cirurgiões plásticos. Mas será que todas as mulheres podem se enquadrar nesse padrão?
Temos hoje uma cultura do corpo que não significa necessariamente saúde e que mexe com todos, em especial os jovens. As revistas, as propagandas querem nos dizer como deve ser nosso corpo, nossa face; como devemos ser.
A mídia nos oferece modelos de beleza. Aí jovens e até adultos desejam ser musculosos como aquele modelo; de rostos angelicais como aquela manequim ou artista.
Sabemos perfeitamente o enorme desafio que significa educar jovens nessa era, nesse tempo. Desafio para pais e educadores.


Vi um filme que me impressionou muito. Está na Internet.
É da Dove, que eu conheço como marca de sabonete, numa campanha da beleza real, tocando numa coisa essencial: auto-estima.
O filme se encerra com frases: "No wonder our perception of beauty is distorted." "Every girl deserves to feel beautiful just the way she is."
Vale a pena ver o filme.

Vale a pena sugerir que seus alunos o assistam, especialmente as meninas.
E, é claro, vale a pena usar o filme como pretexto para um bom papo. Isso é estratégia de quem quer de fato formar cidadãos.


O filme é bem curtinho. Está disponível em
http://www.campaignforrealbeauty.com/.
Abaixo estão dois fotogramas do filme: um do seu início, outro do final.

Observem, no filme, o detalhe da tecnologia, a mágica que o computador permite na "fabricação" da beleza.

26.10.06

Tecnologia e Educação: novos tempos, outros rumos

A tecnologia na educação possilbita que o professor amplie sua visão para uma nova forma de ensinar e aprender, condizendo com a sociedade de conhecimento contemporâneo. Logo os alunos exigem um novo padrão de aprendizagem do professor.
É válido lembrar que a tecnologia quando bem trabalhado pelo professor torna significativo para o aluno e o mais importante é que não
perde de vista o foco da intencionalidade educacional.
Para saber mais sobre este texto é só entrar no site
http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2002/te/te0.htm.
Você irá encontrar mais cinco programas super interessantes a respeito da tecnologia na educação.

24.10.06

Cartilha para pais e professores: uso responsável da Internet


Cartilha ajuda pais e professores a orientar o uso da internet por jovens

Com o crescimento dos sites de relacionamento como o Orkut, dicas antigas para orientar a segurança dos filhos, como não dar atenção ou falar com estranhos, são conselhos importantes também para o relacionamento deles pela internet. Para orientar pais e professores nesse processo, o Comitê Para a Democratização da Informática do Paraná (CDI-PR), lançou a cartilha "Uso Responsável da Internet".

A cartilha, desenvolvida em parceria com a GVT, apresenta dicas de como usar a internet como aliada da educação e do desenvolvimento da criança, com sugestões de sites que ajudam pais e professores nessa tarefa. Informações sobre como proteger o computador, identificar vítimas de bullying, denunciar o mau uso da internet e como usar a rede para fazer o bem também podem ser encontradas no manual.

A coordenadora Pedagógica do CDI-PR, Eliane Abel, afirma que conhecer a internet é uma das melhores formas de ajudar os jovens a evitar armadilhas. "A internet é uma excelente ferramenta de aprendizado e o seu uso deve ser incentivado. Mas, como no mundo real, o espaço virtual também oferece riscos. Por isso, pais e professores devem orientar o uso que crianças e adolescentes fazem da rede", explica Eliane.

Felipe Sbrussi, 19 anos, e sua família foram recentemente vítimas de uma tentativa de extorsão por telefone. O criminoso afirmou para o pai de Sbrussi ter seqüestrado seu filho e, para intimidá-lo, citou várias informações pessoais de Felipe, como o lugar onde ele estudava e nomes de amigos. "Pegaram as informações pela internet. Lá havia bastante acesso à minha vida particular. Pediram R$ 10 mil para meu pai, mas felizmente ele notou que era mentira", afirma Felipe.

A cartilha é distribuída gratuitamente pelo CDI-PR e está disponível para download no site www.cdipr.org.br. A distribuição também é realizada em palestras sobre as armadilhas que crianças e adolescentes podem encontrar na rede mundial de computadores, realizadas nas escolas que manifestam interesse pelo tema. Os crimes mais praticados na internet são a pedofilia, o racismo e a calúnia.

A notícia é do site Nota 10.

A cartilha esta disponível em http://www.cdipr.org.br/imagens/cartilha_internet.pdf

Informática: Extracurricular?

Na escola em que trabalho, aconteceu um fato interessante. A mãe de um aluno iria fazer a rematrícula, e pediu para que a Diretora explicasse quais eram as atividades extracurriculares que a escola oferecia. A diretora começou a falar que tinha balé, futebol, capoeira, informática, na mesma hora a mãe interrompeu a Diretora e disse: - Não sabia que informática é algo que ão está no currículo escolar!!! Qual é o professor que dá essa aula? Qual a formação desse professor?
A diretora não sabia o que falar (segundo a diretora da escola), respirou fundo e explicou que não tinha um professor específico da área para poder ensinar informática, e sim a professora que está na sala de seu filho que dava a aula... continuou explicando que a aula não era para o aluno aprender a usar o computador, e sim uma aula diferente no laboratório de informática informática.

No fim do relato da Diretora tirei minhas conclusões, não sei se estou certa, mas foi o que pensei.
Que a escola deveria informar aos pais que na escola tem o espaço que é o laboratório de informática para aulas diversas regidas pelos professores e que realmente a inoformática faz parte do currículo escolar.

23.10.06

Palestra sobre Convergência de Mídias

No dia 16 de outubro, a jornalista e professora Lorena Tárcia, da UniBH, esteve falando para a turma sobre a convergência das mídias e a educação.



Este álbum foi criado com BubbleShare

No último sábado tivemos, no colégio do meu filho, uma reunião da direção da escola com o grupo de pais que criamos. Essas reuniões são mensais, construímos juntos a pauta.
Dos assuntos tratados nessa última reunião, houve uma troca de mensagens pelo grupo eletrônico.
Numa mensagem coloquei um pouco do que penso da educação, mais especificamente da dose necessária na educação.

Eu diria que educar, ensinar, de certa forma se compara à tarefa de um músico. De um violinista, para ficar num só exemplo.
O violinista comprime na dose certa as cordas do seu instrumento com uma das mãos. Com a outra, fricciona a crina do arco de madeira sobre essas cordas.
Se apertar demais as cordas, ou apertar de menos, usar muita ou pouca força no arco, ou seja, se for além ou ficar aquém do que é preciso, da perfeita dose, dali não tirará o som necessário.
Se acelerar demais a passagem do arco sobre as cordas, se fugir ao tempo do campasso, daquele violino não terá a melodia pretendida. A música tem seu próprio tempo.
E, dependendo do quão grande é a força que o violinista aplica, poderá romper as cordas. O violino será então, a partir daí, peça inútil numa orquestra.
Aqueles que têm a tarefa de educar pessoas, devem pensar nisso, sempre!
Os educadores têm o desafio da dose e do tempo, para não danificarem peças tão preciosas que lhes são entregues.

Reflexão sobre qual a escola que necessitamos na atual sociedade.

No atual contexto, a sociedade do conhecimento exige profissionais com capacidade de pensar, criativos, participativos, que saibam trabalhar em grupo, com consciência de suas potencialidades cognitivas, afetivas e sociais.
Por isso, necessita-se de uma escola renovada, onde seu objetivo é a construção, produção e redescoberta do conhecimento.
Sua metodologia deve ter como preocupação que o aluno aprenda a aprender, aprenda fazendo, pesquisando e construíndo o seu conhecimento, para que ele se torne um aprendiz ativo, capaz de desenvolver competência e havilidades, de estabelecer relações entre os conteúdos e sua realidade. Que saiba trabalhar em equipe, tendo um aprendizado aprimorado pelo compartilhamento de saberes e que será avaliado pelo que ele produz e não pelo que apenas memoriza. Que saiba também explorar recursos ampliados de informação sobre o mundo real, inclusive on-line.
No entanto, é necessário propor reformulações nas formas de ensinar, aprender e produzir conhecimentos, desenvolvendo metodologias compatíveis com os novos recursos digitais na comunicação.
Para que isso aconteça, é imprescindível a formação contínua dos professores, a dinamização dos novos espaços de aprendizagem e de produção de conhecimentos nas Instituições de Ensino Superior - I.E.S., considerando novas dimensões didáticas e pedagógicas, inclusive, incorporando os meios tecnológicos de comunicação em seus processos pedagógicos de forma crítica, competente, solidária e participativa.

ACESSO A TECNOLOGIA

Em se tratando de Tecnologia e Educação, eu como aluna da PUC, estou indignada.... pois nós como alunas, necessitamos de ter acesso a essa tecnologia a todos os momentos. Pois, precisamos utilizar o computador e a internet de modo geral, mas a UNIVERSIDADE da qual eu faço parte tem deixado muito a desejar. Porque tenho presenciado uma situação desagradavel, em que todas as vezes que preciso fazer uso dos laboratorios por um pouco de tempo a mais, tanto para pesquisas como para digitar trabalhos ou a internet, o laboratorio esta sendo ocupado por professores grosseiros que não nos compreende, e não entendem a nossa necessidade de utilizar tal equipamento, uma vez que nem sempre todos os computadores são utilizados.
Atenciosamente
sosofreitas

22.10.06

Brinquedo, tecnologia e educação

A tecnologia digital aplicada a produtos educacionais permite que as crianças entendam melhor o mundo, cada vez mais controlados pelos computadores.
A industria já se aliou à tecnologia para distrair e atiçar a imaginação infantil, proporcionando a elas meios e habilidade na construção de brinquedos que interagem com elas. Além de possibilitar o manuseio de peças, a construção de um brinquedo proporciona prazer e enriquece o aprendizado de conceitos básicos e princípios que norteiam o funcionamento daquilo que as criancas manuseiam.
O contato permanente de crianças com aparelhos mais complexos, digitalizados ajudam a despertar a curiosidade e ao mesmo tempo torna natural o seu manuseio e consequente aprendizado.
Estas reflexões foram feitas a partir da leitura da matéria "Entre átomos e bits", publicada na revista Veja, em 18/10/2006.

Inclusão digital ou apenas números de acessos?

No dia 15 de abril, a Fundação Getúlio Vargas, conjuntamente com empresas de informática e o Comitê para Democratização de Informática do Rio de Janeiro, divulgaram o “Mapa de Exclusão Digital”.
Segundo dados do mapa, a estimativa de "incluídos” de 2000 era de 17,3 milhões para 26,7 milhões em março desse ano, o que significa que 12,46% da população brasileira tem acesso ao computador e, desse total, 8,31% tem acesso à Internet. Um outro dado divulgado é o acesso na escola de ensino médio: estima-se que 50,29% dessas escolas têm infra-estrutura, 55,87% dos alunos têm acesso ao computador e 45,64% têm acesso à Internet. É importante também divulgar que o Estado de São Paulo passou de 3º lugar, em 1997, com 22, 21% para o primeiro lugar, em 2001, com 49,7% do nível de “inclusão digital nas escolas”.
O coordenador do estudo, economista Marcelo Neri, afirma que o ritmo atual, que é de 1 milhão de pessoas “incluídas” a cada 4 meses, não é suficiente para resolver o problema de “inclusão digital”.
André Luiz das Neves, da coalizão Comunicação, é educador do Centro de Educação, Estudos e Pesquisa (CEEP)

A pesquisa nos mostra um grande aumento na era digital, mas se analisarmos bem os dados da pesquisa poderemos perceber que apesar de 12,46% da população brasileira ter acesso ao computador os números ainda são pequenos em relação à população total.

Colégio tem laboratório completo de informática, mas não utiliza

Conversando com uma aluna de um colégio que já foi referencial nas décadas de 60 e 70 pela alta qualidade no ensino, ela me informou que lá tem um laboratório de informática completo, mas não está sendo utilizado. Eu fico imaginando como os profissionais que atuam naquele espaço rico para a aprendizagem, conseguem permanecer de olhos fechados para a realidade dos novos tempos.
Já percebi que nós, futuras pedagógas, vamos enfrentar muitos obstáculos, que vão desde a falta de laborátório até a falta de compromisso com a educação, contudo fico feliz de saber que estamos aprendendo muito com essas aulas sobre novas tecnologias e, portanto teremos capacidade para superar esses obstáculos.

Letramento Digital

Essa semana me deparei com uma reportagem exibida pela revista "Educação" páginas 41 à 54, que me chamou a atenção. O assunto abordadado se trata da alfabetização, e discute as diversas facetas, métodos e teorias usados nas escolas do nosso país. Fala do método fônico, global, da teoria construtivista e chama atenção para o letramento digital.
A professora Carla Coscarelli, doutora em estudos linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e co-doutoura de Letramento Digital (Ed. Autêntica, 248 págs.), acredita que é perfeitamente viável ensinar crianças em ambiente digital. "Não há como negar que, hoje, o indivíduo precisa saber lidar com gêneros textuais que circulam em ambientes como e-mail, sites, MSN, Skype, chat, blog, entre outros." A professora ainda destaca que a familiaridade com as novas tecnologias contribui para o desenvolvimento de muitas habilidades como, por exemplo, saber usar o teclado e o mouse com desenvoltura, saber navegar, buscar informações e selecionar aquelas pertinentes aos objetivos da leitura, saber criar, deletar e organizar arquivos e pastas, assim como formatar textos, saber escolher fontes, alinhar parágrafos, inserir imagens e muito mais. Além disso, o letramento digital não restringe ao computador pessoal, mas é exigido do indivíduo em agências bancárias e outros estabelecimentos, onde ele precisa saber manejar teclas e telas para realizar com sucesso suas operações.
Para ter acesso à reportagem em sua integra é só acessar o site www.revistaeducacao.com.br